Serviço de limpeza da Junta de Vila Franca de Xira bateu no fundo
Novo presidente diz que não tem pessoal suficiente e as viaturas estão avariadas. De viaturas avariadas a falta de pessoal: a limpeza e manutenção do espaço público na freguesia de Vila Franca de Xira está a ser uma dor de cabeça para o novo presidente, João Santos, que garante estar a fazer todos os possíveis para ultrapassar a situação.
O capital físico da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira está preso por arames. Foi com esta expressão que o novo presidente da autarquia, João Santos (PS), classificou a actual dificuldade sentida por aquela entidade em manter e reforçar a limpeza dos espaços públicos da cidade. Além da morte recente de um dos trabalhadores, a junta tem vários funcionários de baixa médica e viaturas avariadas que não podem ainda estar ao serviço.
João Santos, que é presidente da junta há cerca de dois meses, garante que está a tentar dar a volta à situação e encontrar soluções. Para já o que pede à população é que seja paciente. “Estamos a tentar gerir da melhor maneira os nossos escassos recursos para conseguir dar resposta. Antes das chuvas fizemos uma grande intervenção de prevenção de limpeza de sumidouros e sarjetas junto aos ecopontos e ilhas [ecológicas] e não tivemos problemas. Mas o nosso capital físico está preso por arames, temos poucas ou nenhumas pessoas”, explica o autarca.
Para o presidente da junta o que vale é a autarquia ter “trabalhadores muito voluntariosos que vão colmatando algumas situações”. João Santos não esconde que, apesar disso, está quase tudo inoperacional “e o que funciona está em condições ridículas. Este foi o cenário que encontrámos”. O novo presidente garante que apesar dos constrangimentos “já se vê trabalho” feito em Vila Franca de Xira e que ouvir os cidadãos tem sido uma prioridade.
A situação foi abordada na assembleia de freguesia, na noite de 20 de Dezembro, quando os eleitos da CDU - que detiveram a presidência da junta no último mandato - criticaram o estado de sujidade e desleixo em que se encontram algumas artérias da cidade. “Houve um enorme retrocesso e as coisas mudaram para pior. Já tínhamos alertado para a necessidade de reforço de meios técnicos e humanos. Ver esta sujidade, pragas e quantidade enorme de lixo é um pouco vergonhoso para a nossa freguesia”, criticou Álvaro Figueiredo, da CDU.