Vila Franca de Xira vai abater todos os plátanos das escolas
Árvores inadequadas para o espaço público estão a causar problemas de segurança
A plantação desordenada, há trinta anos, de árvores “inadequadas” para o espaço urbano está hoje a criar problemas “gravíssimos” no concelho de Vila Franca de Xira, especialmente ao nível da segurança, que só se resolverão com o abate e plantação de novas espécies. Um exemplo disso são os plátanos em recintos escolares e que vão ser abatidos por causarem riscos para a segurança e danos em passeios e condutas de água, revela o presidente do município, Alberto Mesquita.
O autarca revelou a situação durante a última reunião pública de câmara deste ano, a propósito de uma árvore junto à Quinta da Grinja que teve de ser cortada recentemente por estar a colocar em causa a segurança dos peões e automobilistas. “Compreendo que as pessoas fiquem entristecidas por verem uma árvore ser cortada. Ninguém, nem eu, gosta de abater uma árvore. Mas temos de encontrar outras soluções. Vamos avançar com abates selectivos e não poderemos continuar a plantar árvores destas em meio urbano. Teremos de ter um cuidado muito grande com as espécies que colocamos”, frisou o autarca.
O autarca garante que a população tem de ser informada dos problemas que estas árvores causam para compreender a necessidade do seu abate. “Não abatemos árvores por capricho, é porque tecnicamente provamos que isso tem de acontecer. Muitas vezes a árvore parece em boas condições por fora mas está morta por dentro com riscos acrescidos de queda de ramos”, explicou. Durante a recente tempestade Ana houve um ramo que caiu em cima de uma viatura. Há cerca de dois anos uma viatura no bairro de Povos ficou também danificada por causa da queda de uma árvore. “Teremos de ter cuidado para que daqui a trinta anos não estejam a criar estes mesmos problemas”, frisa o autarca.
Na última Assembleia de Freguesia de Vila Franca de Xira, realizada na noite de 20 de Dezembro, o problema das árvores foi também falado por Guilherme Plácido, residente na rua António Sérgio, que se queixou de uma árvore de grande porte, com mais de 18 metros de altura, que está a um metro e meio da janela da sua casa. “As árvores são uma fonte de vida, mas aquela está muito grande”, sublinhou. O morador anda há sete anos a solicitar o seu abate mas como a árvore está em boas condições fito-sanitárias os serviços municipais não deram ainda provimento ao pedido.