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Brincar às guerras com um objectivo solidário
foto O MIRANTE

Brincar às guerras com um objectivo solidário

Praticantes de airsoft ‘combateram’ a favor da Associação Benévola de Dadores de Sangue da Póvoa de Santa Iria.

Oitenta entusiastas de airsoft resistiram ao frio intenso que se fazia sentir às 8h00 de domingo, 7 de Janeiro, e reuniram-se na Póvoa de Santa Iria, concelho de Vila Franca de Xira para mais uma edição solidária desse jogo em que se simulam operações militares usando armas que atiram projécteis de plástico. Ao todo as inscrições dos atletas renderam 240 euros, que foram entregues à Associação Benévola de Dadores de Sangue da Póvoa de Santa Iria. “Este dinheiro será empregue na promoção das nossas dádivas de sangue para continuarmos a salvar vidas”, agradeceu Nuno Caroça, presidente da associação.
Durante uma manhã, 15 equipas provenientes dos distritos de Lisboa, Santarém e Setúbal dividiram-se em duas facções que combateram entre si. O objectivo era recolher o maior número de unidades de sangue alien que foram espalhadas após a queda de uma nave extra-terrestre no antigo parque industrial da Eurofil. “Escolhemos sempre um cenário que contenha referências à associação que vamos ajudar”, explicou José Elias, um dos organizadores.
A organização desta iniciativa esteve a cargo da Brigada Especial de Airsoft Radical (BEAR), de Vialonga e Póvoa de Santa Iria, em colaboração com a Brigada Mortal de Airsoft (BMA), a equipa que detém o campo onde se desenrolou a acção. Este evento teve um sabor especial já que foi o primeiro desde que o BEAR se constituiu como associação, o primeiro do concelho a atingir este estatuto.
A O MIRANTE, José Elias explicou que o clube surgiu em 2016 quando um grupo de amigos da Póvoa de Santa Iria se começou a juntar para participar em eventos de airsoft. “É bastante monótono quando vamos jogar como independentes”, conta.
Em dois anos, os elementos do BEAR passaram de um grupo de amigos para um clube de praticantes com um processo de recrutamento bastante rígido para todos os que queiram experimentar o airsoft. Apesar do aumento do número de praticantes e de entusiastas por esta modalidade, continuam a existir alguns estereótipos negativos. A utilização de reproduções de airsoft em assaltos e as chamadas para as autoridades feitas por quem passa próximo do cenário e acredita que está a decorrer um tiroteio real continuam a ser alguns dos problemas com que estas equipas se deparam . Ainda assim, José Elias defende que este não é um desporto violento. “Primamos pela camaradagem e pelo fairplay, e só fazemos isto para nos divertirmos”, concluiu.

Brincar às guerras com um objectivo solidário

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