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Médicos estrangeiros vão à terra no Natal e não há atendimento complementar
UTENTE. Maria Ambrósio foi apanhada de surpresa com falta do médico foto O MIRANTE

Médicos estrangeiros vão à terra no Natal e não há atendimento complementar

No Centro de Saúde de Póvoa de Santa Iria onde serviço é assegurado por médicos de empresas

Na semana do Natal o Centro de Saúde de Póvoa de Santa Iria não conseguiu ter a funcionar o serviço de Atendimento Complementar (para quem não tem consulta ou médico de família) porque os médicos estrangeiros, que asseguram o serviço, ausentam-se para irem passar a época festiva aos seus países. Isto acontece porque o atendimento é assegurado por clínicos contratados a empresas de prestação de serviços, não tendo os profissionais vínculo ao centro de saúde ou ao Serviço Nacional de Saúde.
Vários utentes que procuravam consultas bateram com o nariz na porta e tiveram de esperar para depois do Ano Novo. A situação é reconhecida pela directora executiva do Agrupamento do Centro de Saúde (ACES) do Estuário do Tejo. Maria do Céu Canhão explicou a O MIRANTE que “existiu uma falha no serviço, uma vez que a empresa externa à unidade de saúde, contratada para o efeito, não conseguiu cumprir com o acordado”.
Maria do Céu Canhão elucida que esta é uma situação excepcional, reconhecendo que em causa está o facto de a grande maioria dos médicos contratados serem estrangeiros e aproveitaram para passar o período festivo com as famílias, nos países de origem. O Centro de Saúde não pode penalizar o médico nem impedi-lo de se ausentar uma vez que as responsabilidades contratuais são com uma empresa. No entanto, assegura a directora, o contrato assinalado com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo está prevista uma penalização quando o serviço não é assegurado de forma integral. Lamentando os transtornos causados aos utentes, Maria do Céu Canhão assegura que essa penalização vai ser aplicada à empresa.
Uma das utentes prejudicadas com a situação foi Maria Ambrósio que se deslocou ao centro de saúde para ser consultada. A utente disse a O MIRANTE que ficou surpreendida com a situação e que a explicação que lhe deram foi de que o médico não tinha comparecido e como tal não havia consultas para os utentes durante o período complementar que se estende entre as 20h00 e as 22h00. Num papel colocado à porta do centro de saúde era ainda aconselhado aos doentes que se dirigissem à unidade hospitalar mais próxima, em Vila Franca de Xira. “Estão sempre a dizer que não devemos de encher os hospitais mas não temos outra hipótese”, desabafa.

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