Grupo de jovens artistas de Torres Novas apresentou-se à comunidade
Colectivo 249 quer ajudar a dinamizar a cultura na cidade e no concelho
O colectivo de jovens artistas 249 de Torres Novas quer mostrar a sua arte à comunidade para despertar novos conceitos e partilhar ideias que rasguem novos caminhos para a cultura na cidade e no concelho. Os jovens adoptaram o indicativo telefónico 249 para se identificarem e pretendem envolver a comunidade nesse projecto. Têm actualmente os seus trabalhos expostos no Convento do Carmo.
O jardim junto à Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes foi o local escolhido para no sábado, 27 de Janeiro, exporem alguns dos seus trabalhos. “Optámos por interferir no espaço comum e aproximar-nos das pessoas”, contou Carolina Couto, 21 anos, estudante de Design na Escola de Belas Artes de Lisboa.
“Pegámos em materiais que fazem parte da nossa história de vida e construímos mesas, que se transformam numa mesa colectiva, à volta da qual nos sentamos para partilhar experiências, vontades e projectos”, explicou Sérgio Ferreira, recém-formado no curso de Design.
Os artistas, ainda sem um atelier colectivo, pretendem eliminar barreiras entre a comunidade e os criadores de arte e contribuir para dinamizar a cultura em Torres Novas.
Axelle Gonçalves tem 23 anos e terminou o curso de Artes Plásticas recentemente. Sublinha que o meio artístico da região é muito acolhedor e por isso pensaram em juntar sinergias para levar a arte que se faz em Torres Novas a outros lugares do país e, mais tarde, além fronteiras.
Pedro Marujo tem formação em teatro e participou no filme “Verão Danado”, do realizador Pedro Cabeleira, do Entroncamento. “Foi uma experiência muito importante para me ajudar a trilhar o caminho da representação”, disse. Pedro está inscrito numa agência mas ainda não consegue viver só da arte. O caminho é difícil mas desafiante porque exige muita entrega e criatividade.
A vereadora da Câmara de Torres Novas, Elvira Sequeira, e o director artístico do Teatro Virgínia, Rui Sena, juntaram-se ao colectivo e aplaudiram a intenção dos jovens torrejanos de voltarem à terra natal para mostrar o que aprenderam. Comprometeram-se em encontrar um local para os jovens instalarem um atelier, onde possam desenvolver o seu trabalho e receber as pessoas que queiram participar com as suas experiências no processo criativo e contribuir para a dinamização da cultura em Torres Novas.