Candidato derrotado diz que eleições para a JSD de Santarém foram ilegais
Filipe Brígida questiona a regularidade da admissão em massa de 42 militantes em Dezembro
O candidato derrotado nas recentes eleições para a concelhia de Santarém da Juventude Social Democrata (JSD), Filipe Brígida, diz que o acto eleitoral foi ilegal devido à inscrição irregular de 42 militantes que terão participado no sufrágio de 13 de Janeiro de que resultou a vitória de Tiago Vitorino por sete votos de diferença. E aponta o dedo à concelhia do PSD, liderada por José Gandarez, a quem acusa de ter patrocinado um “golpe palaciano”.
Em comunicado, Filipe Brígida afirma que durante o processo eleitoral denunciou à concelhia do PSD “suspeitas de irregularidades na constituição dos cadernos eleitorais com uma entrada massiva de 42 militantes em Dezembro, com datas de admissão de 13 de Setembro que lhes conferia capacidade eleitoral activa”. Situação que considera “um acto de completo atropelo àquilo que são as regras instituídas no partido”.
O candidato derrotado garante que não obteve qualquer explicação por parte do partido antes das eleições, pelo que levou o assunto à reunião plenária do PSD de Santarém, que se realizou a 22 de Janeiro, “para pedir esclarecimentos relativamente à aprovação em sede de Comissão Política Concelhia do PSD Santarém destes militantes por mim dados como irregulares”.
Mais uma vez sem êxito, diz Filipe Brígida: “Do presidente da Comissão Política Concelhia não obtive resposta. O secretário-geral, sobre esta matéria, surpreso, nada sabia. Dos restantes membros da Comissão Política Concelhia (CPC) nem uma palavra. Não há actas! Estes militantes não foram aprovados em reunião de CPC. Não seguiram o procedimento normal no partido mas, ainda assim, entram nas listagens com datas inflacionadas para enviesar os resultados eleitorais na JSD”.
E as acusações não se ficam por aí: “As eleições para a JSD concelhia de Santarém foram ilegais e propositadamente condicionadas e pior: a Comissão Política Concelhia do PSD de Santarém patrocinou, individualmente ou em conjunto, este ‘golpe palaciano’. A bem da verdade, temos uma JSD Santarém ilegalmente eleita, um PSD que compactua e um sistema que o permite”, diz Filipe Brígida.
O MIRANTE contactou o presidente da concelhia de Santarém do PSD para obter uma reacção às acusações feitas por Filipe Brígida, não tendo recebido qualquer resposta de José Gandarez até ao fecho desta edição.