Sérgio Perilhão recordado com pasodoble em sua homenagem
Faleceu em 2015 e deixou saudades em Samora Correia pelo apego à cultura e tradições locais. Agora tem um pasodoble que o evoca. Tema foi estreado num encontro de bandas no dia 1 de Maio
A memória do ribatejano Sérgio Nunes Perilhão, de Samora Correia, concelho de Benavente, passou desde a última semana a ficar imortalizada num pasodoble. Um dos mentores do projecto foi António Relvado, investigador das tradições ribatejanas ligadas à festa brava e amigo pessoal de Perilhão, que lançou o desafio ao compositor António Catalão Labreca, autor de vários pasodobles. O músico, que também era amigo e admirador do trabalho de Sérgio Perilhão, não pensou duas vezes antes de aceitar compor o tema pois “não podia ficar indiferente” ao desafio.
O pasodoble com o nome do homenageado foi apresentado no Encontro de Bandas Taurinas que se realizou no dia 1 de Maio no Centro Cultural de Samora Correia. A interpretação esteve confiada à Banda da Sociedade Filarmónica União Samorense (SFUS) dirigida pelo maestro Nuno Carvalho, que teve também um momento de mano-a-mano com a Banda da Sociedade de Instrução Coruchense, de Coruche.
Depois da apresentação a peça fica confiada à banda da SFUS e estará disponível, mediante autorização, para ser interpretada por outras bandas taurinas e divulgada nas festas ribatejanas. As imagens e o grafismo do disco foram oferecidas pelos aficionados Manuel Pereira e Joaquim Júlio Correia.
Um homem da festa brava e do associativismo
Sérgio Perilhão morreu a 12 de Janeiro de 2015 e desde então que um grupo de aficionados e amigos pretendia homenagear a sua pessoa com um tema dedicado. Perilhão era filho de campino e viveu intensamente a cultura tauromáquica popular, sendo presença regular nas festas tradicionais do Ribatejo e nas corridas de touros. Foi também crítico taurino, dirigente associativo e integrou várias comissões de festas. Esteve na origem da rádio Iris de Samora Correia e uma das suas últimas obras a favor da comunidade foi a recuperação da fachada da Igreja Matriz de Samora Correia, onde liderou uma equipa de voluntários.