Obras em escola degradada de Vialonga prontas só em 2020
Câmara de Vila Franca de Xira e Ministério da Educação assinaram acordo de cooperação para a empreitada, avaliada em seis milhões de euros.
As obras de requalificação da degradada e sobrelotada escola básica dos segundos e terceiros ciclos (EB 2,3) de Vialonga vão custar seis milhões de euros e só devem ficar concluídas daqui a dois anos. Essa é a expectativa do município depois de ter sido firmado na tarde de sexta-feira, 27 de Abril, o acordo de cooperação técnica entre a Câmara de Vila Franca de Xira e o Ministério da Educação que, espera-se, tenha sido o primeiro passo com vista à requalificação de uma das escolas em pior estado do concelho.
A obra será paga pelo ministério mas os projectos de arquitectura e especialidade serão da responsabilidade da câmara, que os deverá ter concluídos até final deste ano. Os trabalhos vão criar mais salas, ampliar espaços exteriores e criar gabinetes para professores e actividades, adaptando-se às necessidades actuais e abrindo a porta ao ensino secundário.
“Este é um momento importante, é o início de uma fase nova e feliz para esta escola que em breve terá as obras que tanto merece. Vila Franca de Xira é um bom exemplo de um município dedicado e empenhado em colaborar com a administração central na tentativa de resolver estas matérias”, afirmou a secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão.
Também Alberto Mesquita (PS), presidente do município, classificou de “grande importância” a assinatura do documento, por se tratar de uma “questão de interesse público e bem-estar” para a população de Vialonga.
A comunidade escolar está expectante com o que poderá vir a seguir. Nuno Santos, director do Agrupamento de Escolas de Vialonga, diz esperar que as obras avancem rapidamente. O presidente da Junta de Vialonga, José António Gomes (CDU), diz que a obra é importante mas ainda fica aquém das reais necessidades. E Ana Lídia Cardoso, presidente da associação de pais, espera que o “sonho de uma nova escola” se torne realidade rapidamente porque o espaço que os jovens hoje frequentam “não é a escola que merecem”.
Mesquita lamentou abandono de secundárias
A cerimónia ficou marcada pelo recado de Alberto Mesquita à secretária de Estado, no seu discurso, quando criticou o facto de haver mais escolas do concelho, nomeadamente secundárias, que estão “abandonadas há décadas” pelo ministério à espera de obras. E deu como exemplos a Escola Alves Redol em Vila Franca de Xira, a Escola Aristides Sousa Mendes na Póvoa de Santa Iria e a Secundária do Forte da Casa.
A secretária de Estado reconheceu que nem tudo vai bem no que toca a obras nas escolas secundárias mas mostrou-se disponível para abraçar futuros acordos de parceria com a câmara. “Acredito que podemos em breve levar a bom porto essa colaboração”, anunciou.
A governante afirmou que muitas secundárias do país e da região “tiveram um novo fôlego” com as obras da Parque Escolar mas admitiu que houve excessos que agora precisam de ser reparados. “Fizeram-se coisas lindíssimas enquanto deixámos outras por fazer. Eu prefiro obras mais equitativas do que obras de encher o olho”, referiu.