Erro em projecto custa 44 mil euros à Câmara de Azambuja
Empreitada da Vala do Esteiro não avançou por falta de estudo geológico.
O projecto de requalificação da zona ribeirinha de Azambuja vai custar à Câmara Municipal de Azambuja mais 44.900 euros. O valor inicialmente previsto era de 64.800 euros. O contrato entre o município e a Aqualogos, Engenharia e Ambiente, Lda foi assinado em 2016 e a elaboração do projecto tinha um prazo de execução de 90 dias, mas até agora não avançou por falta de um estudo geológico aos terrenos onde vai ter lugar a intervenção.
A empreitada de “Requalificação da Zona Ribeirinha da Vala do Esteiro de Azambuja” é financiada em 643 mil euros por fundos comunitários europeus, no âmbito do Portugal 2020. Além do desassoreamento do leito da vala, o projecto da requalificação inclui a reabilitação da zona adjacente à estação ferroviária da vila, a criação de zonas para a prática de pesca desportiva, o reordenamento das áreas de estacionamento, a criação de uma ciclovia de 1,5 quilómetros, uma zona de piquenique e equipamentos de actividade física ao ar livre.
Na sessão de Assembleia Municipal de Azambuja de 28 de Junho, o presidente da câmara, Luís de Sousa (PS), falou do assunto depois de ter sido questionado pelo munícipe Paulo Louro sobre a falta de transparência e desperdício de dinheiro da autarquia na realização desse projecto. O munícipe deixou ainda um alerta a António Duarte (PS), presidente da assembleia municipal, para desempenhar o seu papel de “fiscalizador”.
Luís de Sousa admitiu que “houve um erro” no projecto e que depois de o mesmo ter sido apresentado foram questionados por uma empresa sobre a inexistência de um estudo geológico, de cariz obrigatório neste tipo de projectos. “Não pensamos que fosse preciso mandar fazer. Neste momento temos uma empresa a fazer esse estudo”, disse a
O MIRANTE.
A empresa encarregue de realizar o estudo geológico é a CIVGEO Estudos de Geotecnia e Projectos, que assinou contrato com a Câmara Municipal de Azambuja em Abril último.