Orçamento Participativo de Alverca continua com problemas antigos
Transparência do processo foi colocado em causa na última assembleia. Alguns moradores queixam-se de terem sido impedidos de votar e outros de falta de critérios no processo.
O processo de votação do Orçamento Participativo (OP) da União de Freguesias de Alverca do Ribatejo e Sobralinho voltou a dar problemas na edição deste ano, com vários moradores a queixarem-se de dificuldades na votação, falta de aprovação de projectos sem justificação pública e ausência de definição de critérios mais claros de participação. Um conjunto de problemas semelhante ao que já se verificava noutros anos e que continua por resolver.
Os maiores problemas verificaram-se nas votações por mensagem escrita de telemóvel (SMS), com vários moradores da cidade a tentarem votar e a não conseguirem. Há também relatos de quem recebeu três e quatro vezes mensagens escritas a confirmar votações em projectos em que não votou.
A assembleia de freguesia, órgão que tutela o OP, reconheceu os problemas na votação por SMS e emitiu uma nota na sua página oficial nas redes sociais a informar que o processo de votação “deveria estar a decorrer normalmente” mas que, devido a um erro da operadora que trata da votação, esse período acabou por ser alargado.
“A operadora não fez correctamente o processo de votação e não está a ser possível enviar as SMS para as votações. Desde a semana passada que estamos junto da operadora a arranjar uma solução rápida. A assembleia de freguesia lamenta a situação mas estamos a ser o mais céleres possível para resolver este problema”, explica Carlota de Pina, assegurando que já foi contactada outra operadora para disponibilizar uma linha para as votações.
A transparência do OP de Alverca foi questionada também na última sessão da assembleia de freguesia, com alguns moradores a levantarem dúvidas sobre a garantia de igualdade no que diz respeito à apresentação de projectos e ideias para projectos a realizar. A presidente da assembleia explicou que este ano foram apresentadas 21 propostas, num claro aumento da adesão face aos anos anteriores.
“As pessoas não são obrigadas a saber tudo e participam com boa vontade para ajudar a transformar a nossa freguesia num lugar melhor. Algumas destas propostas não foram contempladas porque envolviam zonas privadas ou que pertencem à Câmara de Vila Franca de Xira e nesses casos não é possível intervencionar, não podemos mexer em terrenos alheios nem zonas onde não estamos autorizados”, explicou.