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População da Azervadinha dividida quanto ao piso da rua principal
Estrada atravessa a povoação de Zervadinha e Manuel Cipriano é um dos que tem a casa rachada

População da Azervadinha dividida quanto ao piso da rua principal

Parte dos moradores queixa-se que a circulação automóvel no pavimento empedrado causa ruído e trepidação. Outros entendem que o alcatroamento vai potenciar excessos de velocidade e aumentar risco de acidentes.

A eventual substituição do piso empedrado por alcatrão no troço da Estrada Nacional (EN) 251 que atravessa a povoação de Azervadinha, no concelho de Coruche, não reúne consenso entre a população. Se uns consideram que o pavimento alcatroado vai potenciar excessos de velocidade e mais acidentes, outros defendem de que o piso liso vai acabar com o ruído e trepidação causados pela circulação de veículos pesados como camiões e tractores.
Manuel Cipriano é um dos residentes junto à EN 251 e diz que o pavimento sempre o incomodou. Principalmente desde que a calçada foi mexida e ficou com zonas esburacadas. “A minha casa está toda rachada, tudo treme à passagem de camiões. Isto já não se usa, com estes blocos de granito. Se ao menos fosse com os paralelepípedos regulados e alinhados, como nas cidades”, desabafa o morador de 86 anos.
Mas se uns defendem que se retire a calçada, há também quem acredite que o piso alcatroado vai trazer mais acidentes. É o caso de Diogo Esperança. Natural da Azervadinha, o jovem confessa que será bastante perigoso mudar o pavimento. “Se puserem lombas fica pior para quem circula. Com alcatrão esta recta enorme só vai trazer excessos de velocidade. Mais vale reparar este pavimento em condições”, defende, acreditando que a população que ali vive já está habituada ao ruído.
No ano passado (ver edição de 25 de Maio de 2017) O MIRANTE adiantava que o presidente da Câmara de Coruche, Francisco Oliveira (PS), mostrava-se disponível para “retirar de lá todos aqueles calhaus”, comparticipando também na obra que ficaria a cargo da empresa pública Infraestruturas de Portugal, que tutela as estradas nacionais.
Já em Novembro de 2010 a população da Azervadinha fez um abaixo-assinado para ser entregue à câmara. Na altura,
O MIRANTE deslocou-se à localidade e falou com alguns populares que subscreveram o documento. Defendiam a mudança de piso de calçada para alcatrão. Em resposta às questões colocadas pelo nosso jornal, a Infraestruturas de Portugal, anteriormente Estradas de Portugal (EP), dizia que estava previsto um projecto de reabilitação da EN 251 no ano de 2012.

População da Azervadinha dividida quanto ao piso da rua principal

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