Santarém dá mais um passo para ter um crematório
Concurso público internacional já foi publicado em Diário da República. Prazo para entrega de propostas para concepção, construção e concessão do equipamento decorre até 8 de Outubro. Distrito não tem crematórios mas pode vir a ter três nos próximos anos.
O concurso público internacional para a concepção, construção e concessão da exploração de um crematório no Cemitério dos Capuchos, em Santarém, foi publicado no dia 23 de Julho em Diário da República e no Jornal Oficial da União Europeia. O prazo para entrega de propostas decorre até 8 de Outubro.
“O Município de Santarém pretende, desta forma, dar resposta a uma necessidade antiga, do concelho, para fazer face à sobrelotação do Cemitério dos Capuchos, que em poucos anos atingiria o seu limite”, lê-se na página da Câmara de Santarém na rede social Facebook, onde foi anunciada a novidade.
Santarém é um dos três municípios da região com procedimentos em curso com vista à construção de crematórios num distrito que não tem nenhum equipamento desse género. O mais próximo situa-se na Póvoa de Santa Iria (concelho de Vila Franca de Xira) ou em Coimbra. No Entroncamento o processo está mais adiantado, tendo o município adjudicado no dia 16 de Julho a concepção, construção e exploração do crematório na cidade, passando a liderar a corrida que se instalou na criação destes equipamentos. A adjudicação foi feita à empresa Pleasantdedication, do concelho de Torres Novas, que vai ter a concessão por 30 anos.
Almeirim, que já tem projecto feito, aprovou no dia 17 de Julho o concurso para a construção do crematório da cidade, prevendo que as obras possam começar no final do ano. O Entroncamento espera ter o crematório a funcionar no segundo trimestre do próximo ano, podendo ser a primeira cidade do distrito com essa funcionalidade.
Não há fome que não dê em fartura
Santarém, que tinha visto no mandato anterior a oposição, então com maioria na câmara, chumbar o concurso para construção do crematório, conseguiu em Junho que fosse aprovado o concurso pela câmara e assembleia municipal, perante as críticas da oposição que defendem a construção de um cemitério novo e com crematório incorporado. Segundo a proposta, a câmara só tem de ceder por 30 anos uma parcela de terreno com 380 metros quadrados junto ao cemitério para ser construído o equipamento, caso haja empresas interessadas em construir e explorar o crematório.
Recorde-se que dos três crematórios, o de Almeirim é o único totalmente público, sendo um investimento próprio da câmara que cede a exploração à junta de freguesia. No Entroncamento e Santarém o processo passa pela concessão, em que a empresa seleccionada para explorar o equipamento fica responsável pela elaboração do projecto e construção.
O crematório do Entroncamento, que representa um investimento de 700 mil euros e a criação de cinco empregos, vai ocupar uma área de 1.132 metros quadrados, dos quais trezentos são de área construída.