uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Assassinou o marido à martelada e à facada na sequência de discussão
Margarida Rolo está detida por suspeita de ter assassinado o marido José Duarte foto DR

Assassinou o marido à martelada e à facada na sequência de discussão

Mulher começou por atribuir culpas a assaltantes mas acabou por confessar o crime. Segundo O MIRANTE apurou Margarida Rolo, que assassinou de forma cruel, à martelada e à facada, o marido que é professor, tal como ela, entregou os filhos menores ao cuidado de uma vizinha antes do crime. As discussões em casa do casal na Chainça Abrantes eram frequentes.

O assassinato do professor José Duarte, de 51 anos, cometido de forma brutal pela sua mulher, Margarida Rolo, de 43 anos e também professora, aconteceu na noite de Quinta-feira, 17 de Agosto, nas instalações da moradia do casal. Uma vizinha contou a O MIRANTE que quando chegou ao local depois de ouvir gritos de socorro, encontrou José Duarte prostrado, num alpendre junto à piscina, a esvair-se em sangue, com ferimentos visíveis na cabeça e com uma faca espetada numa perna.
A mesma pessoa diz que Margarida Rolo não estava no local e que algum tempo depois, quando chegou apresentava um corte num braço. “E disse que tinham sido assaltados por três ladrões, encapuzados que tinham fugido saltando o muro das traseiras da casa”,
contou a O MIRANTE, Vera Marques, que também esteve no local do crime na altura.
Margarida Rolo e José Duarte eram casados há 15 anos e segundo os vizinhos as discussões entre ambos eram frequentes e perfeitamente audíveis. No entanto, pelo que conseguimos saber, nunca nenhum dos elementos do casal ou qualquer vizinho teve a iniciativa de contactar as autoridades, apesar de o crime de violência doméstica ser público.
O mesmo aconteceu antes da tragédia. Apesar de alguns vizinhos terem ouvido os elementos do casal a gritarem um com o outro, na parte exterior da casa, junto à piscina e de a professora ter pedido a uma vizinha para ficar com os filhos menores, com o pretexto de ir vestir-se pois estava em biquini, nenhuma das pessoas ouvidas por O MIRANTE alertou a GNR.
A vizinha que ficou com as crianças à sua guarda diz que voltou a ouvir grande gritaria na altura em que já se encontrava na sua casa e que foi algum tempo depois que se ouviram os gritos de socorro do professor.
Margarida Rolo, que começou por inventar a história de um assalto, acabaria por confessar o crime, horas mais tarde, quando percebeu que a sua história não convenceu os inspectores da Polícia Judiciária de Leiria que foram ao local e que recolheram indícios.
O crime parece ter sido premeditado, uma vez que Margarida Rolo foi à garagem da casa buscar um martelo e à cozinha buscar a faca que foi encontrada espetada numa perna do marido.
A criminosa confessa ficou presa preventivamente. Ao que O MIRANTE apurou as crianças, de 9 e 13 anos, tiveram apoio psicológico mas desconhece-se o seu paradeiro, podendo estar à guarda de familiares.
Margarida Rolo é professora do ensino especial na Escola do Primeiro Ciclo Lucília Moita, na Chainça. O marido, José Duarte, natural do Barreiro, é professor de matemática na Escola Dr. Manuel Fernandes, em Abrantes. Apesar das constantes discussões relatadas pelos vizinhos mais próximos, testemunhas ouvidas pelo casal dizem-se surpreendidas e falam de duas pessoas calmas e cordatas.

Muito tempo a aguardar por socorro

Apesar de a própria vítima ter telefonado logo para o número 112, os vizinhos que se encontravam no local dizem que o socorro ainda demorou 45 minutos a chegar. “Foi necessário inclusive uma vizinha deslocar-se aos bombeiros para lhes pedir ajuda”, contou Vera Marques, vizinha do casal. José Duarte ainda recebeu assistência, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos.

Filhos menores não deram conta do crime

Os dois filhos do casal, de 9 e 13 anos, por se encontrarem na casa de uma vizinha, nunca deram conta do homicídio. Quando se percebeu o que tinha acontecido, os dois rapazes foram levados para outra casa, afastada daquele cenário de violência. Entretanto, já tiveram apoio psicológico e as crianças estão a ser acompanhadas pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens enquanto não é decidido o seu futuro.

Assassinou o marido à martelada e à facada na sequência de discussão

Mais Notícias

    A carregar...