O Presidente da República quer saber o que se passou em Tancos e eu também. Mas se calhar ele não quer saber quem anda alarvemente e alegremente a pintar comboios e a destruir e roubar património que nos custa muito dinheiro ou mesmo a desbaratar recursos seja em repartições, escolas ou hospitais, impunemente.
De vez em quando viajo em comboios com janelas completamente pintadas. É como viajar num vagão de mercadorias com bancos e sem a possibilidade de ver o exterior, seja a paisagem, sejam as estações. Os idiotas que fazem as pinturas arvoram-se o direito de utilizar os comboios como se fossem os papás que lhos tivessem oferecido no Natal com uma caixa de sprays de tinta. Eu interrogo-me sobre o dinheiro que a CP gasta em empresas de segurança ou em sistemas de segurança e sobre as leis que não criminalizam a destruição de património.
O Governo anunciou a intenção de gastar 168 milhões de euros na compra de 22 comboios para o serviço regional. São mais de 7 milhões e meio por cada um. E depois andam meninos e meninas a darem cabo do interior pondo os sapatos sujos em cima dos estofos porem os pés em cima dos estofos e os seus colegas da área artístico-vândala a destruir o exterior com tinta. E em vez de castigo recebem descontos nos bilhetes.
Frederico Massa