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Funcionária da Junta da Póvoa em litígio com presidente está de baixa novamente

Braço de ferro com o executivo liderado por Jorge Ribeiro está para durar. Depois de ter passado uma semana em protesto sentada no corredor da delegação da junta no Forte da Casa, por recusar a transferência para a sede na Póvoa de Santa Iria, a funcionária entrou novamente de baixa e vai continuar ausente do trabalho.

A funcionária da União de Freguesias da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa que não quer acatar as ordens do executivo da junta de mudar o seu posto de trabalho da delegação da junta no Forte da Casa para a sede da autarquia na Póvoa de Santa Iria, vai continuar de baixa médica e ausente do trabalho. É mais um capítulo no braço de ferro que está a travar com o executivo da junta, por não concordar com a transferência de local de trabalho.
O executivo da junta está incomodado com a celeuma que o assunto tem causado e está a analisar todo o processo para avaliar como agir perante a situação. O caso está a ser tratado na junta com recato pelo melindre que envolve.
No último mandato o executivo da junta já havia deliberado a transferência de duas funcionárias, entre elas Eduarda Silva, do Forte da Casa para a Póvoa de Santa Iria. Na altura, a funcionária em causa terá pedido mais tempo para avaliar a medida e havia a expectativa da transferência ser feita este ano, o que não veio a acontecer, com a funcionária a colocar sucessivas baixas médicas.
Este mês de Setembro voltou ao trabalho nas instalações da junta no Forte da Casa e quando os funcionários não a deixaram sentar-se na secretária que ocupava, por entenderem que não devia apresentar-se ao serviço naquele local, ela optou por sentar-se no corredor, onde passou uma semana, chamando todos os dias a PSP para que validassem que estava ao serviço.

Presidente fala em ameaças
Esta semana veio a lume também outra polémica em torno do mesmo assunto, desta vez entre o marido de Eduarda Silva e o presidente da junta, Jorge Ribeiro. Há uns meses, Cipriano Sousa, ex-militar da GNR, terá alegadamente ameaçado a integridade física do presidente da junta dentro do seu gabinete, facto revelado publicamente durante uma assembleia de freguesia. O visado nega que tenha dirigido quaisquer ameaças ao autarca.
O caso passou-se na delegação do Forte da Casa. Sem reunião marcada, o homem entrou no gabinete do presidente da junta, esperou que este entrasse ao serviço e confrontou-o com a decisão de transferência da mulher. Jorge Ribeiro terá explicado os contornos da decisão - já tomada no anterior mandato e de concretização adiada para este ano a pedido da própria - mas o marido da funcionária não terá concordado, tendo elevado a voz e ameaçado a integridade física do autarca. Isto na versão do presidente da junta.
Na assembleia de freguesia de 17 de Abril Jorge Ribeiro contou isso mesmo enquanto respondia a Cipriano Sousa, que foi à assembleia questionar o presidente se na sequência do abaixo-assinado recolhido junto dos moradores, contra a transferência das funcionárias, pretendia manter a decisão ou resolver a questão.
Jorge Ribeiro explicou que a resposta seria igual à que já lhe dera no seu gabinete, quando diz ter sido ameaçado. Cipriano Sousa, falando a partir do público, negou essas acusações, considerou-as “falsas” e afirmou que nunca ameaçou Jorge Ribeiro.
O MIRANTE tentou obter um esclarecimento junto do casal mas tal não foi possível até ao fecho desta edição.

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