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Pintura de ciclovias na Póvoa de Santa Iria fica suspensa para “reflexão”

Município reage após queixas de que as pistas suprimem lugares de estacionamento

A implantação de ciclovias nas avenidas Vicente Afonso Valente, Ernest Solvay e rua Américo Costa, na Póvoa de Santa Iria, concelho de Vila Franca de Xira, vai ser suspensa para permitir ao município uma “maior reflexão” sobre o assunto. A decisão surge na sequência das várias queixas e de uma petição que está a circular na cidade, com mais de 400 assinaturas, onde se critica a decisão de criar aquelas vias exclusivas para bicicletas, pois a sua concretização implica ocupar bermas onde os moradores aproveitavam para estacionar os automóveis.
“Já assumi com a primeira subscritora da petição o compromisso de irmos reunir com os moradores para dar conta do que é o nosso pensamento para o local. Para já a pintura das ciclovias nesse troço fica suspensa para se ter uma reflexão mais profunda sobre o assunto”, explica o presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita (PS).
O autarca voltou a garantir que nunca foi cortado estacionamento porque o mesmo nunca esteve formalmente delineado no asfalto e lamentou a “falta de visão” tida há várias décadas quando aquela zona habitacional foi construída, sem uma visão de futuro no que toca ao crescimento do parque automóvel.
“Tudo isto tem de ser repensado, naquele tempo não se cuidou de ter estacionamento e hoje as pessoas são obrigadas a parar o carro onde houver um espacinho. Temos vindo a aumentar as zonas de estacionamento disponíveis, no último mandato criámos mais de 600 novos lugares mas mesmo assim é insuficiente”, lamenta Alberto Mesquita.
O autarca voltou a notar que está em estudo a criação de novas bolsas de estacionamento, mas avisou que as mesmas serão feitas à custa do sacrifício de zonas verdes e de lazer que ali existem. Que já são poucas na cidade. “Nisto não vai haver boas soluções, haverá as soluções possíveis”, explicou.
Recorde-se que numa das últimas reuniões públicas de câmara vários moradores foram questionar o presidente do executivo sobre o assunto. O autarca garantiu que as ciclovias “não foram feitas por capricho ou para aborrecer” os moradores.
Para piorar o cenário, o silo automóvel que ali foi construído não é solução porque as garagens são para vender e não para uso público, estando a ser vendidas por preços que rondam os 790 euros por metro quadrado, um valor que nem todos podem pagar.

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