A melhor recompensa de um voluntário é a sensação de dever cumprido
Colaboradores da Cimpor deram uma nova cara ao jardim de infância da Calhandriz. Uma centena de pessoas abdicaram do seu sábado para ajudar a melhorar um edifício que estava em muito mau estado na freguesia de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz.
Ser voluntário implica suar a camisola sem ganhar um cêntimo, dar de si sem pensar em recompensas, estar ao sol a pintar, arranjar paredes e montar móveis. Mas no fim do dia tudo compensa e não há nada igual à sensação de ir para a cama com a noção de dever cumprido. A ideia é partilhada por vários voluntários que estiveram na manhã de sábado, 15 de Setembro, no jardim de infância da Calhandriz, concelho de Vila Franca de Xira, na sexta edição do Dia do Bem Fazer, uma iniciativa solidária da Cimpor.
Além de trabalhadores e colaboradores directos da fábrica de Alhandra, vários voluntários da comunidade quiseram participar na iniciativa promovida no âmbito da responsabilidade social da Cimpor e apareceram para ajudar a dar uma nova vida a um edifício que é frequentado por 21 crianças dos 3 aos 6 anos e que estava num estado lastimável. Ao todo mais de uma centena de pessoas participou na acção de voluntariado.
André Fonseca, 31 anos, é de Tomar e foi ajudar a convite de amigos. “Já é a segunda vez que alinho para ajudar e o voluntariado vicia, quem faz uma vez continua. Sempre que há disponibilidade faz-se bem, é bom saber que se está a ajudar alguém. É gratificante sair daqui e saber que os meninos vão ter uma escola com uma cara nova”, conta a O MIRANTE.
O amigo, Ricardo Galvão, também veio de longe, de Marinhais (Salvaterra de Magos), para ajudar pela primeira vez a convite de amigos de Alhandra e confessou estar a gostar da iniciativa.
Carla Pedro, responsável de produção da fábrica de Alhandra, explica que a ideia principal é lançar “uma semente de voluntariado” na comunidade que possa também deixar frutos para o futuro. “Hoje estamos a fazer pinturas de praticamente todo o edifício, reparações de móveis, fissuras das paredes, renovação da parte eléctrica e casas de banho. Vamos também montar alguns brinquedos de madeira que comprámos”, explica.
A responsável diz que outro dos objectivos da Cimpor é fomentar o espírito de voluntariado. “Quando se planta uma semente de bondade ela acaba por multiplicar-se e ter um grande valor na nossa vida”, explica. Entre os voluntários que responderam à chamada não faltou o presidente da Junta de Alhandra, Mário Cantiga.
Enquanto houver uma criança a escola tem de estar aberta
Fernanda Baltazar é a professora do jardim de infância e estava entusiasmada com o trabalho feito pelos voluntários. “Quando fechou o primeiro ciclo havia a ideia que também o pré-escolar iria fechar e fiz disto uma batalha para que não feche. A escola estava muito degradada, o refeitório uma lástima, as casas de banho nunca tinham sido pintadas. Apesar das más condições as pessoas continuaram a meter aqui as crianças. O que hoje a Cimpor e estes voluntários estão a fazer é importantíssimo. A aldeia precisa da escola e as crianças também. Enquanto houver uma criança a precisar de escola a escola tem de estar aberta”, conta.
Milhares de voluntários já ajudaram 174 entidades
O Dia do Bem Fazer é uma iniciativa promovida pela Cimpor, empresa do grupo InterCement que tem fábrica em Alhandra, concelho de Vila Franca de Xira. A decorrer pelo sexto ano consecutivo, tem como objectivo juntar colaboradores e parceiros nas principais regiões onde a Cimpor opera para intervir, revitalizar e recuperar infraestruturas vitais para as comunidades onde se inserem. Nas últimas cinco edições a Cimpor promoveu a recuperação de 23 instituições, em parceria com 174 entidades com o apoio de 4.070 voluntários.
De acordo com Luís Fernandes, responsável da Cimpor em Portugal, “o Dia do Bem-Fazer é uma excelente oportunidade para fortalecer o verdadeiro espírito de equipa da Cimpor e de desenvolvimento conjunto, apoiando as comunidades onde estamos presentes. É uma demonstração que queremos estar integrados e ajudar as diferentes localidades que nos acolhem”, refere.