A Ribeira de Santarém já tem uma nova casa mortuária. Situada junto à Igreja de Santa Iria, a obra, vem dar resposta a uma necessidade sentida desde há cinco anos. A inauguração decorreu no dia 12 de Setembro e contou com a presença de autarcas e ex-autarcas, convidados e a população da terra.
A empreitada, orçada em 120 mil euros, foi suportada pela União de Freguesias da Cidade de Santarém, tendo a Câmara de Santarém contribuído financeiramente e com a ajuda de técnicos que conseguiram desbloquear o processo de construção junto da Direcção Geral do Património Cultural (DGPC).
A DGPC só aprovou o projecto à terceira tentativa. Tudo porque a casa mortuária foi construída junto a um edifício histórico, a Igreja de Santa Iria, o que implica diversas condicionantes técnicas. O terreno para a construção da casa mortuária foi doado à União de Freguesias por Eduardo e Diogo Gomes, herdeiros de José Russo, Carmina Simões e Adelina Russo.
O novo espaço conta com duas salas, equipadas com três bancos encastrados nas paredes, casas-de-banho adaptadas para pessoas com mobilidade reduzida e copas, em cada um dos espaços.

Presidente da junta “atacado” pela população
O presidente da União de Freguesias da Cidade de Santarém, Carlos Marçal, confessa que foi um dos mais “atacados” pela população da Ribeira de Santarém porque as obras de construção da nova casa mortuária nunca mais terminavam. “Nós já estamos habituados a ser criticados pelas pessoas, mas não precisam de ser mal-educados”, refere Carlos Marçal, adiantando que muitos diziam que o espaço estava fechado porque o autarca estava à espera das eleições. “É bom que as pessoas entendam que há situações em que temos vontade, temos dinheiro, mas falta o resto que não depende de nós”, garante, explicando o atraso da empreitada.