Manuela Ramalho Eanes vai liderar a Comissão de Apoio/Acompanhamento ao Concelho de Mação recentemente criada na sequência da discriminação negativa de que esse município se tem queixado no âmbito dos apoios concedidos pelo Governo aos territórios afectados pelos incêndios florestais de 2017. Segundo a Câmara de Mação, essa comissão tem como missão “intervir junto das entidades e órgãos competentes no sentido de inverter a enorme injustiça que está a ser cometida” para com esse município.
Presente no Encontro Internacional de Solidariedade Intergeracional, que se realizou em Mação, a esposa do antigo Presidente da República Ramalho Eanes e também presidente honorária do Instituto de Apoio à Criança, manifestou a sua solidariedade para com a população do concelho e aceitou liderar essa comissão. “Vamos dizer que este concelho foi esquecido!”, afirmou Manuela Eanes perante a plateia.
A Manuela Ramalho Eanes associaram-se também o juiz Carlos Alexandre; o médico psiquiatra Luís Duarte Patrício, o juiz conselheiro Armando Leandro, o antigo presidente do Conselho de Administração da Carris Hélder Oliveira, o psiquiatra Júlio Machado Vaz, a socióloga Inês Fontinha, entre outros participantes no encontro.
O município sublinha que a constituição desta comissão não invalida a acção judicial que se prepara para intentar contra o Estado Português, na sequência da discriminação negativa relativamente aos apoios concedidos ao concelho, que teve a maior área ardida em 2017 (28 mil hectares) e prejuízos contabilizados de 2,7 milhões de euros.