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Discussão por causa do futebol acaba em homicídio em Marinhais
João Calado morreu à porta do café onde tinha estado a ver a bola em Marinhais - foto DR

Discussão por causa do futebol acaba em homicídio em Marinhais

Homicida e vítima eram vizinhos e brigaram à porta do café onde tinham acabado de ver o Benfica-Porto. Passavam menos de uma dúzia de minutos após o final do jogo de futebol Benfica-Porto quando os clientes do café Toinito viram João Calado a cambalear com uma facada na barriga. O homicida está preso.

O sportinguista João Calado e o benfiquista Vitorino Neves já costumavam ter discussões sobre futebol no café “Toinito”, em Marinhais, concelho de Salvaterra de Magos, mas no domingo, 7 de Outubro, logo após o jogo entre Benfica e FC Porto, as desavenças terminaram em tragédia, com João a ser esfaqueado mortalmente à porta do estabelecimento. Naquela altura o café estava cheio e as pessoas só se aperceberam do homicídio quando viram a vítima a cambalear ensanguentada na direcção da entrada para pedir socorro. O autor do crime foi ouvido no Juízo de Instrução Criminal de Santarém na terça-feira e fica a aguardar julgamento em prisão preventiva.
Apesar de terem sido alertadas as autoridades e enviado de imediato o socorro, João Calado acabou por morrer no local, cerca das 19h23. A vítima tinha estado no estabelecimento a assistir ao jogo, como acontecia habitualmente, quando entrou numa violenta discussão com o benfiquista. João ameaçou que matava Vitorino e dirigiu-se para o exterior do café, para o seu carro. O homicida, temendo que a vítima fosse buscar uma arma, foi no seu encalço para o deter. João puxou de um bastão que tinha dentro do carro e Vitorino tirou uma navalha do bolso e espetou-a no abdómen.
Quando os meios de socorro chegaram ao local, a vítima estava em paragem cardiorrespiratória e acabou por não resistir aos ferimentos, tendo o óbito sido declarado no local. O homicida foi para casa, a cerca de 100 metros do café e perto da habitação da vítima, onde a GNR o foi deter. A investigação foi entregue à Polícia Judiciária.
João Calado, 56 anos, natural de Santana do Mato, Coruche, era segurança privado de profissão. Já há alguns anos que residia em Marinhais. Tinha um filho maior fruto de um anterior relacionamento. Vitorino Neves, 54 anos, era electricista. Natural de Coimbra, já residia há vários anos em Marinhais. Não tinha antecedentes criminais.

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