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Morcegos atormentam moradores junto ao Hospital de Santarém
Fátima Rodrigues é uma das moradoras na praceta que já recebeu em casa a visita indesejada de um morcego

Morcegos atormentam moradores junto ao Hospital de Santarém

Animais aproveitam as janelas abertas durante a noite para invadir habitações e perturbar o sono de residentes.

A presença de morcegos junto à Praceta Augusto Brás Ruivo, em Santarém, junto ao hospital da cidade, está a dar dores de cabeça aos moradores da zona. A situação tem vindo a piorar nas últimas semanas e as queixas sucedem-se, porque os animais aproveitam as janelas abertas para se introduzirem nos apartamentos. Alguns moradores já deixaram de dormir de janela aberta para prevenirem visitas indesejadas durante a madrugada.
Fátima Rodrigues tem 68 anos e reside na zona há três décadas. Já tinha sido avisada por uma vizinha para essa situação mas só acreditou quando viu. Numa madrugada de sábado estava no seu quarto a dormir quando ouviu um barulho de algo que tinha batido na persiana. Abriu a luz e foi nessa altura que viu um morcego a voar por cima da sua cama.
A inspectora das finanças confessa que apanhou um susto muito grande e não conseguiu dormir mais nessa noite. E mal sabia que na noite seguinte o susto se ia repetir. “No domingo fui-me deitar a pensar que o animal se tinha ido embora, mas pelas quatro da madrugada só me lembro de o ver a voar pelo quarto”, conta, lembrando que só na segunda-feira é que pediu ao marido para abrir as janelas do quarto para ver se o morcego fugia.
“São animais repugnantes que transmitem doenças e tenho medo como muita gente também o deve ter”, diz Fátima Rpdrigues. Foi por isso, aliás, que na segunda-feira seguinte teve de pedir a um vizinho que fosse a sua casa tentar apanhar o animal.
Também Helena Gomes, residente nessa praceta há 20 anos, já apanhou um morcego a voar na sua casa. O caso ocorreu na semana passada. “Estava deitada quando, de repente, ouvi um guinchar. Fui ver e era um morcego que estava pendurado no armário”, revela, recordando que depois contou a situação no trabalho e uma colega disse-lhe que, na semana anterior, quando tinha o seu filho internado no Hospital de Santarém, avisaram-na para não abrir a janela do quarto, pois já tinham entrado dois morcegos no interior da unidade hospitalar.
O MIRANTE contactou a administração do Hospital Distrital de Santarém para tentar confirmar essa informação mas não obtivemos esclarecimentos até ao fecho desta edição. Já o veterinário municipal, Marçal Grilo, referiu que não tem conhecimento da situação. Mas se alguma queixa for apresentada à câmara, terá de averiguar para saber que medidas tomar.

Instituto de Conservação da Natureza explica como agir

Segundo o guia de apoio a situações de coabitação e exclusão de morcegos em edifícios, do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), estes animais não são agressivos. Mas sendo animais selvagens podem assustar-se e reagir se os tentarem capturar. No total são conhecidas em Portugal 26 espécies de morcegos. Todas as espécies estão protegidas por lei e os seus abrigos são protegidos pela Convenção de Berna e pela Directiva Habitats.
Se os morcegos entrarem em casa, deve-se fechar a porta da divisão onde ele se encontra, abrir as janelas e desligar a luz, o que permite que o morcego saia sozinho. Se o morcego for encontrado durante o dia e não parecer ferido, deve ser capturado com uma caixa e libertado durante a noite. Se o morcego estiver ferido ou não voar nessa noite, deve-se contactar a área protegida mais próxima.

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