Câmara de Alcanena cede casa social a família retornada da Venezuela
Habitação social recebeu família de refugiados em Janeiro de 2017, que foram embora pouco tempo depois.
A Câmara de Alcanena vai ceder uma casa no Bairro Timor Lorosae, no centro da vila, a uma família de sete elementos, com raízes no concelho, recentemente regressada da Venezuela e que residia em Vale Alto, numa casa sem as necessárias condições de habitabilidade. A cedência da habitação de tipologia T3, que já tinha sido destinada a receber refugiados no concelho, vai ser feita a título gratuito, pelo prazo de 90 dias, disse a presidente da câmara, Fernanda Asseiceira, na última reunião do executivo.
“Estamos a falar de um agregado familiar em difícil situação socioeconómica e em que a filha tem Sidrome de Down e o pai teve um AVC. Os serviços de acção social do município têm estado, por isso, a acompanhar o caso no sentido de responder às suas necessidades”, referiu a autarca, referindo que o município tem vindo a estabelecer contactos com o Ministério Público, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Agrupamento de Escolas de Alcanena, Junta de Freguesia de Minde, RLIS, CRIF, CRIT, GIP e empresas locais.
Para já, referiu Fernanda Asseiceira, enquanto a família aguarda o resultado do concurso de atribuição de habitação social aberto pela câmara e à qual se candidatou, a família vai ser acolhida temporariamente nessa habitação que se encontra equipada desde o ano passado. Em relação às crianças deste agregado familiar, vão ser integradas nas escolas de Alcanena, ficando também uma maior proximidade aos serviços de saúde e ao emprego do pai.
Refugiados sírios não aqueceram o lugar
Em Abril deste ano O MIRANTE noticiou que o município tinha colocado à disposição da Segurança Social a casa destinada a acolher refugiados no concelho. Recorde-se que a mesma casa no Bairro Timor Lorosae acolheu uma família síria de seis pessoas que chegou ao concelho a 25 de Janeiro de 2017, mas esse agregado não mostrou vontade em permanecer em Portugal partindo no dia 6 de Fevereiro desse ano para a Alemanha.
Os refugiados foram recebidos no aeroporto de Lisboa pela presidente da Câmara de Alcanena e seguiram para a habitação cedida pelo município, mas não se adaptou e acabaria por viajar para a Alemanha pouco tempo após a sua chegada. Na sequência dessa situação, Fernanda Asseiceira afirmou que não pretendia receber mais refugiados.