Utentes reclamam reabertura do posto dos CTT do Porto Alto
Durante a acção de protesto foi lançado um abaixo-assinado pela reabertura da loja desactivada há cerca de duas semanas.
A Comissão de Utentes do concelho de Benavente (CUCB) promoveu um protesto pela reabertura do posto dos CTT no Porto Alto, que juntou cerca de meia centena de pessoas junto à loja desactivada. Domingos David Pereira, coordenador da CUCB, disse a O MIRANTE que perante a “indignação de vários utentes”, decidiram levar a cabo essa acção pública no dia 11 de Janeiro, como “primeira medida de protesto pelo encerramento do posto”.
Segundo o coordenador, a entrega do serviço dos CTT a um estabelecimento comercial “não serve”, já que deixa de ser prestado por funcionários formados especificamente para esse fim, além de não assegurar serviços como entrega de encomendas.
Durante o protesto, a comissão lançou um abaixo-assinado à população que será entregue ao ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques. Domingos Pereira refere ainda que a CUCB fez chegar aos CTT um protesto pela retirada, na segunda-feira, 7 de Janeiro, da faixa contra o encerramento da estação que havia colocado no edifício e cuja devolução reclama “juntamente com um pedido de desculpas”.
A acção de protesto surge após a aprovação de uma moção na Assembleia de Freguesia de Samora Correia, realizada em Dezembro passado, que declara “total oposição” ao encerramento dos CTT no Porto Alto, considerando que trará graves consequências para a população e “trabalhadores que vêem o seu posto de trabalho ameaçado”.
Também o presidente da Junta de Freguesia de Samora Correia, Augusto Marques, que marcou presença na acção promovida pela CUCB, defende a reabertura da loja, “num lugar com cerca de cinco mil habitantes”.
Maria João Silva, que utilizava esse posto de correios, lembra que no Porto Alto “há muitos idosos que precisam de vir levantar as reformas e fazer pagamentos” e sem possibilidade de deslocação para o posto de correios mais próximo de Samora Correia.
“Os transportes são caros e muitos idosos não têm dinheiro para os pagar”, afirmou, acrescentando que a população de Porto Alto foi recentemente prejudicada “pelo encerramento do balcão da Caixa de Crédito Agrícola e agora pelo fecho do posto CTT”.
Solução visa melhoria da qualidade do serviço
Os CTT anunciaram em Dezembro passado, um Plano de Transformação Operacional que implica a redução de um total de 800 postos de trabalho. A O MIRANTE, a administração dos CTT informa que “as soluções encontradas visam proporcionar uma melhor qualidade global nos serviços que prestam e assegurar a prestação do serviço público”. E acrescenta: “Os CTT têm vindo a reforçar os pontos de acesso por todo o país. Temos hoje 2.392 Pontos de Acesso, mais 75 Pontos CTT do que em 2014, ano da privatização, por onde passam mais de 100 mil clientes por dia, estando as aberturas a ocorrer a maior ritmo do que a desactivação de lojas”.