Elisabete Lourenço Grilo
Funcionária da Agência Funerária Isilda Grilo, 25 anos, Tramagal
Custa-lhe levantar de manhã para ir trabalhar? Bastante. Nunca fui de dormir muito mas desde a gravidez que tenho mais sono. A minha filha já tem quase 18 meses e ainda não sei o que é dormir uma noite inteira seguida. Mas só custa o levantar...
Qual a tradição que nunca podemos deixar morrer? Eu não ligo a tradições mas gosto muito de reuniões e convívios de família e de amigos que se tornaram família. Vou ver se levo sempre a minha filha para ela se habituar. Gosto de uma casa cheia e de diversão.
Alguma vez pediu o livro de reclamações? Sim, mais do que uma vez. A última foi no Centro de Saúde quando a médica de família da altura não atendeu a minha filha que estava doente e a perder peso. O que aconteceu foi que recebi a resposta em como a reclamação ia ser arquivada. São situações como estas que me fazem recorrer ao privado.
Durante quanto tempo é capaz de guardar um segredo? Se for sobre mim, não consigo guardar segredo. Eu não sei mentir, fico incomodada. Mas se for um segredo de outra pessoa não me faz diferença.
Tem alguma superstição? Não tenho superstições. Normalmente acredito que as nossas acções é que fazem as coisas acontecer. Também acredito que se fizermos o bem nos acontece o bem e se fizermos o mal nos acontece o mal.
A que petisco não resiste? Eu gosto de muita coisa mas estamos numa altura que o que me apetece é um belo arroz de lampreia. Sou de uma família de pescadores e é daqueles comeres que me fazem lembrar os grandes convívios da família Grilo.
Acha que o sistema de justiça funciona em Portugal? Justiça é algo que não se vê, nem em Portugal, nem em país nenhum. Vivemos atolados em leis ditadas por governantes, por códigos e bases desenquadradas da realidade e o acesso à justiça é caro. Só tem acesso quem tem dinheiro. Isso faz com que o verdadeiro sentido de justiça não exista.
Ainda acredita nos políticos? Não. Não acredito em políticos.
O que punha a funcionar na sua terra que não existe? Vou assumir como minha terra o Tramagal e aqui punha a funcionar um transporte para os idosos, e não só, se poderem deslocar dentro da vila.
É adepta de algum clube? Digo que sou do Sporting mas, falando com sinceridade, não me aquece nem me arrefece.
É adepta das redes sociais? Uso o Facebook e sinto que se as redes sociais forem bem usadas são uma excelente ferramenta. Uso para partilhar algumas fotos, falar com amigos, participar nos grupos privados de partilhas (tenho um grupo da creche, um da minha família, um da bimby, grupos de vendas). Tenho também a página da funerária.
Usa agenda para planear o seu dia-a-dia? Uso agenda e é uma coisa que não dispenso. Dá muito jeito. Não digo para planear o dia-a-dia mas para não me esquecer de nada.
Se pudesse ter um super poder qual escolheria? Porquê? Conseguir chegar a vários sítios ao mesmo tempo. Sinto que o tempo cada vez passa mais depressa e não há tempo para fazer tudo o que se tem de fazer e o que se quer fazer.
Nas férias para onde prefere ir? Prefiro praia. Gosto da areia, da água, do cheiro a mar. Este ano ainda não planeei nada, geralmente não marco férias muito tempo antes.
É aficionada? O meu “namorido” é aficionado mas eu não gosto. Posso ir um dia ou outro ver alguma actividade taurina mas numa corrida de touros não me vêem. Acho uma seca.
Quem lhe contava histórias quando era criança? Os meus pais e as educadoras. Acho que é muito importante o gosto pela leitura. Os meus pais sempre fizeram colecções de livros e de cassetes VHS, o que me entretinha bastante, bem como às minhas irmãs.
Gosta de lareira? Tem em casa? Gosto. Acho que é a parte mais aconchegante de uma casa. Eu tenho recuperador de calor, acho que é a melhor maneira de ficarmos acordados mais tempo no Inverno.
Alguma vez deu sangue? Não posso dar sangue devido a um problema de saúde que me afectou quando tinha 14 anos.
Qual é o seu maior defeito? Tenho muitos, mas o pior deve ser mesmo o mau feitio.