A Polícia Judiciária está a investigar as causas da explosão ocorrida num prédio em Ourém, no dia 26 de Fevereiro, que obrigou à evacuação dos cerca de 60 residentes durante uma noite. A explosão teve origem na garagem do edifício, mas os carros ali estacionados não sofreram quaisquer danos, tendo ficado apenas cobertos de pó preto.
Os moradores do edifício, onde funciona o Cartório Notarial de Ourém, na Rua Dr. António Justiniano da Luz Preto, não puderam dormir nas suas casas nessa noite. Alguns ficaram em casa de familiares, outros foram realojados no pavilhão da Escola Secundária de Ourém, que se situa do outro lado da rua. No prédio, com 21 apartamentos, funciona, além do Cartório Notarial, uma entidade bancária e um café, que não abriram no dia seguinte. Na quinta-feira, 28 de Fevereiro, os serviços voltaram a funcionar normalmente.
Carlos Pereira estava em casa quando, poucos minutos antes das 23h00, ouviu um ruído estranho, mas só quando veio à rua é que percebeu ter sido uma explosão. “O cheiro intenso a fumo era insuportável nas escadas. Havia muito fumo negro no ar”, recordou o morador a O MIRANTE.
Também João Silva conta que ainda não estava a dormir quando sentiu o barulho. Veio à janela para perceber o que se estava a passar mas apenas conseguiu sentir o cheiro. “Era um cheiro semelhante a plástico queimado”, disse. A explosão teve origem na garagem do prédio, que tem dois pisos subterrâneos.
Os moradores explicaram a
O MIRANTE que nas escadas do prédio era difícil conseguir respirar e alguns sentiram vómitos dada a intensidade do fumo. As paredes do prédio ficaram negras, mas nos apartamentos só há relatos de o chão da casa-de-banho ter ficado negro em algumas fracções. “Deve ter sido a fuligem que entrou pelas condutas”, referiu Carlos Pereira.
Os Bombeiros de Ourém fizeram a evacuação de cerca de seis dezenas de pessoas. No local esteve a Polícia de Segurança Pública, que tomou conta da ocorrência.