Em 1981 a população activa na região do Ribatejo era de 244 mil pessoas. 167 mil homens e 77 mil mulheres. Trinta anos depois, e tomando como inspiração os versos de Camões, “mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, O MIRANTE descobriu que na região ribatejana as vontades mudaram-se e as igualdades também. Em 2011 a população activa era de 295 mil pessoas, 153 mil homens e 142 mil mulheres. Os números quase que se equiparam em termos de oportunidades de trabalho, mas no que respeita a igualdade salarial ainda há caminho a fazer.
No conjunto dos vinte e três concelhos da área de influência de O MIRANTE, a média salarial é de 752 euros. Um valor claramente inferior quando comparado com a média salarial nacional que é de 943 euros. Os concelhos que melhor pagam às pessoas que neles trabalham são Constância e Vila Franca de Xira com salários médios de 988 e 947 euros. Os concelhos com média salarial mais baixa são Mação e Sardoal, com salários médios de 683 e 681 euros, respectivamente.
Na região, a realidade salarial entre homens e mulheres é mais justa que em outras zonas do país, mas ainda longe do que se pretende. A pesquisa feita por
O MIRANTE revela que existe uma diferença de cerca de 10% entre os salários médios dos homens (848 euros) e das mulheres (722 euros). Um valor que está abaixo da diferença de aproximadamente 15% a nível nacional.
A Lei da Igualdade Salarial, obriga, a partir de 21 de Fevereiro de 2019, a que as empresas tenham de justificar a diferença salarial por género, sempre que as funções desempenhadas forem as mesmas. Numa fase inicial, ainda em 2019, vão ser monitorizadas e avaliadas as empresas com mais de 250 trabalhadores. Um primeiro passo para depois chegar às de pequena e média dimensão.