Rodoviária do Tejo ensina crianças a ter maneiras quando andam de autocarro
Usar o cinto de segurança, permanecer sentados e não distrair o motorista foram alguns dos conselhos deixados. Crianças dos Riachos foram alertadas para perigos como andar de pé no autocarro ou nao colocar o cinto de segurança.
Ser utilizador de transportes públicos tem o que se lhe diga. Ou pelo menos deveria ter. Utilizar a porta correcta para entrar e para sair, colocar os cintos de segurança, não andar pelo corredor do veículo enquanto este circula, ou até dar os bons dias ao motorista, foram alguns dos conselhos deixados aos mais novos em Riachos, Torres Novas, por Pedro Estêvão, motorista da Rodoviária do Tejo há cinco anos. A iniciativa decorreu no dia 3 de Abril, a convite da Escola Básica Chora Barroso, no âmbito da Semana da Escola.
As crianças, com idades entre os 10 e os 12 anos, mostraram interesse nos conselhos do motorista. “É muito importante vir falar com as crianças sobre aquilo que, diariamente, vemos que acontece e não deveria acontecer: muitas crianças não têm o hábito de colocar o cinto de segurança, outras tiram-no durante a viagem e circulam pelos corredores e, num instante, se olharmos para o corredor e tirarmos os olhos da estrada, o perigo é iminente”, referiu Pedro Estêvão.
Os alunos aproveitaram para satisfazer algumas curiosidades e mostraram-se esclarecidos no final da acção de sensibilização. “Não sabia que tínhamos que entrar pela porta da frente e saír pela porta de trás, mas faz sentido porque quando o autocarro pára nós passamos pela frente, na passadeira”, disse à reportagem de O MIRANTE Lara Graça, de 10 anos.
Beatriz Gonçalves, 11 anos, que frequenta todos os dias os tranportes públicos da Rodoviária do Tejo, disse que vai ser mais cuidadosa. “Normalmente nunca punha o cinto de segurança e agora vou pôr sempre”. Outra das lições que aprendeu foi que quando o autocarro estiver a andar nunca mais vai voltar a colocar-se de pé. “Percebi que o motorista pode olhar para nós, distrair-se e provocar um acidente. Não volto a fazer”, garantiu.
Segundo Teresa Fernandes, directora operacional da Unidade de Torres Novas da Rodoviária do Tejo, estas iniciativas são importantes, porque as crianças são chamadas à atenção sobre as consequências que podem ter os seus actos. “Verificamos sempre que ficam muito preocupados quando lhes dizemos que podem provocar um acidente muito grave se andarem de pé no autocarro e distraírem o motorista”, destacou.