A empresa intermunicipal Águas de Santarém avançou no terceiro trimestre deste ano com diversas intervenções de melhoria das infra-estruturas na rede de água de abastecimento público que representaram um investimento de cerca de meio milhão de euros. A maior parte desse montante foi aplicada na higienização anual das 63 células de reservatórios de água existentes no concelho onde também foram incluídas as intervenções de reabilitação de alguns deles, nomeadamente os de Abrã, Alcanede, Amiais de Baixo, Arneiro das Milhariças, Romeira e Várzea.
A Águas de Santarém investiu também na renovação de ramais que apresentavam problemas mais recorrentes, bem como no aumento de pressão no fornecimento de água em alguns locais mais sensíveis. Apostou-se ainda na criação/segmentação de zonas de medição e controlo para uma melhor fiabilidade na monitorização das perdas de água.

Prioridade ao combate às perdas de água
Entretanto, a empresa municipal viu ser aprovado, pelo executivo da Câmara de Santarém, o seu orçamento para 2020. O volume de investimento previsto atinge os 3,6 milhões de euros, mais 454 mil euros que em 2019. O combate às perdas de água continua a ser uma prioridade, estando previstos quase dois milhões de euros para obras na rede pública de água, com destaque para a substituição de cerca de 10 quilómetros de condutas e a reabilitação do reservatório de São Bento.
Quanto à rede de saneamento básico, está previsto um montante de 641 mil euros para investimento, sendo 430 mil euros destinados ao sistema de Santarém, designadamente para reabilitação de colectores e construção da estação elevatória de Santa Rita, entre outras obras.
O tarifário da água sofre um aumento de 1,2%, correspondente à inflacção estimada para o próximo ano, enquanto o tarifário do saneamento básico sobe 2,7%. A empresa mantém tarifários específicos para famílias numerosas e tarifários sociais. Neste último caso beneficiam agregados familiares que tenham rendimento bruto englobável para efeitos de IRS inferior ou igual ao valor do salário mínimo nacional vezes 14 meses.