André Santos tem 27 anos e é sócio-gerente da empresa Viagens e Bagagens, em Torres Novas. Tirou o curso profissional de Hotelaria, na Escola Profissional das Caldas da Rainha, e depois rumou ao Fundão, onde tirou o curso de Gestão Hoteleira. Nunca trabalhou na área em que se formou, a não ser esporadicamente em alguns bares e discotecas.
Natural de Árgea, uma pequena aldeia no concelho de Torres Novas, desde cedo começou a contactar com pessoas numa vertente comercial, pois o minimercado da madrinha, onde teve a sua primeira experiência profissional, aos 12 anos, possibilitou-lhe apurar essa capacidade.
Nunca lhe passou pela cabeça trabalhar numa agência de viagens e tudo começou por acaso. A primeira experiência foi como funcionário de uma agência de viagens em Abrantes. “Andava à procura de trabalho, enviei o currículo e quando comecei nem sequer sabia o que era uma central de reservas”, recorda entre risos. Nessa empresa, onde esteve dois anos, ganhou a experiência necessária para rumar a Torres Novas e começar também como funcionário, na Viagens e Bagagens, que em Março deste ano completou dois anos de existência.
Em Julho André Santos decidiu dar o passo em frente e adquiriu a empresa. Neste momento é o sócio-gerente. “A empresa estava em fase de reestruturação e eu avancei com a compra. Claro que o receio de não dar certo está sempre iminente, mas arrisquei”, conta.
Ser empresário não é um mar de rosas, é o que diz André Santos. “Ocupa-nos muito tempo, estamos sempre preocupados, porque temos um negócio para gerir que põe em causa os postos de trabalho de toda uma equipa”, refere.
Quanto aos destinos mais procurados dentro da região Fátima destaca-se no topo das preferências. Aliás, neste campo André Santos é muito crítico. “Se todos os municípios se unissem ao invés de puxarem cada um para si, todos ganhavam mais, porque há mercado para todos. Assim, todos perdem e isso acontece muito nos municípios do Médio Tejo”, defende.
As pessoas entram na agência com uma ideia idílica de destino que, na esmagadora maioria das vezes, cai por terra. “Tentam perceber qual o valor de um determinado destino, mas o plafond de que dispõem não chega e acabam por ir para outros destinos”, refere.
Neste momento, a Viagens e Bagagens tem três postos de trabalho criados, uma média de facturação anual de um milhão e meio de euros e uma carteira com mais de três mil clientes. A grande aposta está no cliente corporate, ou seja, médias e grandes empresas, nacionais e internacionais. “Trabalhamos com toda a gente, seja a pessoa que entra e quer um pacote familiar ou só a dois, quer com empresas de pequena a grande dimensão”, realça André Santos. A empresa está agora a preparar a época natalícia e está a oferecer vales de 50 euros em compras superiores a mil euros em pacotes e hotéis.
Aliado ao percurso empresarial André Santos é também vogal na Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima, no concelho do Entroncamento. “Este é um dos meus passatempos. É política, mas não é. O meu intuito é poder fazer algo que ajude as pessoas e esta é uma forma de desempenhar esse papel”, aponta.