Não está a ser feito o que devia para reduzir as perdas de água nas redes de abastecimento e não é por desconhecimento da situação. É por opção. Uma opção criminosa em termos ambientais mas pela qual não há penalização, nem sequer penalização eleitoral porque a maioria dos cidadãos nem sequer separa os lixos domésticos para reciclagem, quanto mais penalizar políticos por coisas como o controle de perdas de água. Ainda se fosse por não fazerem mais festas lá na terra?!!
Substituir redes de água podres e esburacadas por onde a água se escoa para a terra, instalar contadores em jardins, quartéis de bombeiros, edifícios públicos, sedes de instituições e até mesmo em pontos de água para uso em caso de incêndio, são coisas que não dão popularidade mas despesas e é melhor gastar em coisas que dão nas vistas.
Um pouco por todo o país, assiste-se impunemente à perda de milhares e milhares de litros de água anuais, no armazenamento, no transporte e na distribuição. Globalmente, dados de 2017, perdem-se, por ano, 179.722.877 metros cúbicos de água e cada metro cúbico são mil litros. Escrever os litros de água perdidos dá um número do tamanho de um comboio: 179.722.877.000 litros. Ainda por cima essas perdas são em grande parte pagas por nós mas quem quer saber?!
Francisco Morais