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Deixem-se de eufemismos quando têm que se referir aos ciganos

O politicamente correcto e os seus zeladores estão a reprimir de tal maneira a liberdade das pessoas e instituições que por vezes vivemos situações idênticas às do antes de 25 de Abril de 1974, quando se tinha que escrever nas entrelinhas ou por subentendidos.
No dia 29 de Outubro o pai de um aluno da Escola EB 2.3 Dr. Ruy d’Andrade, no Entroncamento, foi à escola e bateu numa professora que separara uma briga em que o seu filho tinha participado e que, durante esse acto, tinha inadvertidamente arranhado a criança.
Uns dias depois, o executivo da câmara municipal aprovou um comunicado a condenar a agressão e a certa altura defendia “uma sociedade humanizada e inclusiva onde os cidadãos partilham deveres e direitos em pé de igualdade, sem ignorar diferenças e no respeito pelas minorias, mas também sem a concessão de quaisquer especiais prerrogativas que conduzam a impunidades que prejudicam a comunidade”.
Sem o dizer abertamente estava a identificar o agressor como alguém de uma minoria e tratando-se de uma cidade como o Entroncamento, onde há uma grande comunidade cigana, estava a sugerir que se tratava de um cigano.
Quem aprovou o comunicado poderia dizer que se tratava de um cigano, sem estar com rodeios, mas como isso era discriminatório porque os cidadãos não podem ser discriminados pela sua religião, cor de pele, etnia, opção sexual, etc, etc... optou por o identificar como cigano mas sem correr o risco de ser acusada de o identificar como “cigano”, embrulhando-se naquela formulação.
António Amaro

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