Obras e pessoal obrigam a aumentar orçamento da Câmara de Tomar
Os investimentos referentes às empreitadas em curso e às que estão projectadas para o próximo ano e o aumento de custos com pessoal obrigam ao aumento do orçamento da Câmara de Tomar para 2020. A justificação foi dada pela presidente do município, Anabela Freitas (PS), durante a reunião extraordinária onde os documentos foram aprovados, acrescentando que vai também haver um aumento de 700 mil euros nas transferências para as juntas de freguesia. O executivo municipal aprovou, por maioria com os votos contra dos vereadores do PSD, o orçamento no valor de 37,8 milhões de euros, um aumento de 11,5% em relação ao de 2019.
Anabela Freitas explicou que o orçamento centra-se em seis áreas: Coesão e Inclusão Social (6,9 milhões de euros); Desenvolvimento Urbano (9,4 milhões de euros); Desenvolvimento Económico (1,2 milhões de euros); Protecção Civil (242 mil euros); Gestão de Equipamentos Financeiros (328 mil euros) e Processo Internos (652 mil euros).
Os custos com os recursos humanos são de cerca de dez milhões de euros, mais 6,5% que o orçamento anterior. Anabela Freitas justificou este aumento com a integração dos trabalhadores dos SMAS (Serviços Municipalizados de Água e Saneamento) nos quadros da autarquia e com o novo estatuto do bombeiro que levou a um aumento dos vencimentos destes. “A Câmara de Tomar recebe 11 milhões de euros da Administração Central. Desse valor, dez milhões de euros são para pagar aos funcionários”, afirmou.
Uma das apostas da maioria socialista para o próximo ano será ao nível da criação de espaços para empresas ligadas às novas tecnologias, expandindo as que já existem e criando condições para acolher novas empresas. A autarca explicou que existe a possibilidade de criar um espaço de ‘coworking’ no Palácio Alvim, que estava destinado para sede da Ordem Suprema Militar. “Como houve um impasse dentro desta instituição em relação à sede decidimos que aquele edifício vai albergar alguns serviços e o arquivo do município, assim como o ‘coworking’”, afirmou.
A vereadora Célia Bonet (PSD) referiu que o orçamento para o próximo ano não é ambicioso nem tem propostas aliciantes. “Não reflecte as prioridades do PSD e é uma continuação dos orçamentos anteriores”, criticou. Também José Delgado (PSD) destacou a necessidade de políticas para a captação de investimento que, na sua opinião, deve ser o motor de desenvolvimento de qualquer território.