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Futebol sénior no Entroncamento está de volta
Paulo Costa é o presidente do Entroncamento Atlético Clube que foi fundado em Junho de 2018

Futebol sénior no Entroncamento está de volta

O Entroncamento Atlético Clube tem pouco mais de um ano de vida, mas já faz a diferença na cidade. Fundado a 25 de Junho de 2018 trouxe de volta o futebol sénior à cidade, doze anos depois.

O Entroncamento Atlético Clube está a dar os primeiros passos no associativismo do Entroncamento. O clube está a disputar pela primeira vez o campeonato distrital da segunda divisão e é o terceiro classificado do grupo, o que lhe dá direito à subida de divisão se conseguir manter o lugar. Paulo Costa, presidente do clube, diz não ter dúvidas que a equipa vai conseguir o objectivo.
O Entroncamento é conhecido por ser a terra dos fenómenos mas também por formar grandes talentos no futebol, muito por culpa do CADE, clube histórico da cidade. Nos últimos doze anos os jogadores formados no clube deixaram de poder continuar na modalidade na cidade por falta de equipa sénior. O Ferroviários do Entroncamento, o outro clube histórico, faliu por dívidas e o futebol sénior no concelho não resistiu. Neste momento quase todos os jogadores do Atlético são formados no CADE.
A direcção do Entroncamento Atlético Clube é composta por treze dirigentes. Depois do projecto falhado do Ferroviários os dirigentes do Atlético querem apagar esse passado e garantem que não vão cometer os mesmos erros: “Estamos a construir um projecto de raiz e bem pensado”, afirma Paulo Costa, que garante que o grupo que lidera “jamais dará o passo maior do que a perna”. Se o clube subir de divisão, como se espera, Paulo Costa garante um plano a três anos para cimentar o clube desportivamente, independentemente dos resultados desportivos.
Garantir a boa saúde financeira do clube é o maior desafio para a direcção que todos os meses tem, em média, uma despesa de mil euros apesar de ninguém receber dinheiro dentro do clube. Para conseguirem pagar as taxas de jogos, o policiamento e os transportes recorrem às receitas da quotização dos cerca de duzentos sócios, receitas do bar e das bilheteiras. Os patrocínios de algumas empresas do concelho também ajudam a suportar os encargos.
Aos 49 anos, o presidente do Entroncamento Atlético Clube é muito claro quando fala nos objectivos e no propósito da fundação do clube: voltar a ter a população no estádio ao domingo e dar a oportunidade aos jovens formados no CADE de prosseguirem as suas carreiras futebolísticas. Paulo Costa é delegado de informação médica, situação que o obriga a passar muito tempo na estrada. Mas isso não o impede de cumprir com aquilo a que chama de missão. “Ser presidente do Atlético é um orgulho; esta cidade deu-me muito e agora quero retribuir, mesmo que para isso tenha que sacrificar a minha vida pessoal”, afirma, contando que tira duas ou três horas por dia para se dedicar ao clube e que é a família quem mais sofre com a sua ausência.
O dirigente afirma ainda que este projecto só falha se a massa humana que dirige o clube também falhar: “O associativismo já não é o que era. Por isso vamos trabalhar todos os dias para termos um clube bem organizado: Quando chegar a hora de passarmos o testemunho queremos estar orgulhosos do trabalho feito”, conclui.

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