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Patrícia Sampaio é uma das melhores judocas portuguesas
foto DR Judoca Patrícia Sampaio quer estar entre as melhores e já pensa nos Jogos Olímpicos de 2020 em Tóquio

Patrícia Sampaio é uma das melhores judocas portuguesas

Patrícia Sampaio continua a treinar na Sociedade Filarmónica Gualdim Pais em Tomar, cidade onde nasceu e cresceu. Estuda jornalismo mas o judo é prioridade.

Patrícia Sampaio estuda Comunicação e no futuro quer ser jornalista de desporto mas, para já, é no tatami que se dedica ao judo, modalidade em que é líder mundial de juniores e uma das mais fortes promessas nacionais. “Quero ser jornalista desportiva, depois do judo, quando acabar o curso [de Ciências da Comunicação]. Agora quero focar-me só no judo. Estou a fazer o curso aos bocadinhos, a tempo parcial”, afirmou a judoca, em entrevista à agência Lusa.
A ‘casa’ onde treina, em Tomar, mostra os rectângulos amarelos dispostos alinhadamente uns junto aos outros, formando um amplo tapete que lhe ampara as quedas, sob o ‘olhar’ de Jigoro Cano, o fundador do Judo, numa moldura junto a uma das paredes. É nesse espaço, na Sociedade Filarmónica Gualdim Pais, em Tomar, que a judoca treina, com a orientação do irmão e seu treinador, Igor Sampaio, antigo judoca e o ‘mestre’ para quem Patrícia olha como exemplo e inspiração.
“O meu irmão sempre foi o meu ídolo. E à medida que fui crescendo, e observo o Judo, se calhar [mais] uma pessoa ou duas da minha categoria [Kayla Harrison e Mayra Aguiar], que têm um palmarés muito avançado e que um dia gostava de conseguir atingir, não digo ídolos, mas inspirações. E a Telma Monteiro, claro, ainda por cima agora que convivo com ela”, contou.
A universidade e o investimento no Judo, com dois títulos Europeus em juniores e três subidas ao pódio em Mundiais, obrigam Patrícia Sampaio a concentrar a sua vida em Lisboa, mesmo que o coração esteja na sociedade tomarense. “Tenho uma ligação emocional a este clube e, claro, também passa pelo facto de o meu irmão ser meu treinador. Há uma proximidade diferente, que nem toda a gente tem a sorte de ter. Sinto-me muito bem aqui, cresci aqui…”, diz, quando questionada em relação à possibilidade de ir para um ‘grande’ clube.
Em Lisboa tem contado com o apoio do Judo Clube de Lisboa, onde treina quando não tem preparação na selecção, que habitualmente acontece às terças e quintas-feiras, dias em que trabalha com as outras internacionais. Entre elas, Telma Monteiro, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos Rio2016 e a judoca portuguesa mais medalhada de sempre, que considera uma inspiração, ou Rochele Nunes e Bárbara Timo, com quem se dá muito bem.
Patrícia vive um dos melhores momentos no judo feminino português, que a seis meses de fechar a qualificação para os Jogos de Tóquio2020 tem atletas em lugares elegíveis em quase todas as categorias, com a própria a ser décima nos -78 kg.

Objectivo de ser cabeça-de-série nos Jogos Olímpicos

Os resultados e o crescimento que teve em 2019 mostram uma judoca confiante com Patrícia Sampaio sem medo de dizer que quer estar entre as melhores, a pensar nos Jogos Olímpicos Tóquio2020. “Os meus objectivos neste momento são chegar ao ‘Top-8’ [da qualificação], ainda melhor chegar ao ‘Top-4’, mas já estar no ‘Top-8’ do ‘ranking’ olímpico era muito bom para conseguir ser cabeça-de-série nos Jogos Olímpicos”, disse a judoca, actual 12.ª.
O ano de 2019 voltou a colocar a atleta de Tomar como a melhor júnior mundial da sua categoria, nos -78 kg, na qual conquistou em Setembro o segundo título europeu na Finlândia, e em Outubro o terceiro bronze em Mundiais do escalão, em Marrocos. “Claro que os objectivos passam por pontuar em todas as provas a que vou. Fazer os melhores resultados possíveis para depois também estar confortável no apuramento e poder focar-me em treinar para fazer uma boa prestação nos Jogos Olímpicos”, acrescentou.
Antes da competição em Tóquio, com as categorias de Judo a decorrerem entre 25 de Julho e 1 de Agosto, a judoca olha também para os Europeus, a última grande prova antes dos Jogos e que fecham o apuramento. No campeonato, que decorreu também na capital japonesa, a judoca da Sociedade Filarmónica Gualdim Pais ficou à porta do pódio depois de perder no combate para o bronze com a brasileira Mayra Aguiar.

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