Contra a entrega de serviços essenciais a privados
A meio de Dezembro foram entregues na casa de um cidadão de Ervideira, Tomar, trinta e cinco cartas, provenientes de diversas entidades, que eram dirigidas a pessoas residentes noutros locais. Os CTT informaram o cidadão que há outros casos idênticos noutras freguesias e que isso se deve a uma empresa de distribuição concorrente, não tendo os CTT nada a ver com o assunto.
Depreendo que a correspondência recebida em casa do cidadão teria sido enviada por empresas não por particulares, embora a sua não entrega prejudique particulares. No entanto esta situação vem reforçar a ideia que tenho sobre a entrega de serviços essenciais a empresas privadas, como aconteceu com os CTT.
Os CTT sempre tiveram falhas mas desde que foram privatizados o serviço piorou e muito, para além de terem sido feitas alterações, como o encerramento de estações dos correios e abertura de lojas em casas de comércio. Com a privatização nada melhora.
Os serviços públicos devem ser bem geridos mas o seu objectivo deve ser prestar serviços aos cidadãos. Os privados têm como objectivo ganhar dinheiro. Primeiro pensam no lucro. Quem nunca teve problemas com seguradoras, bancos ou companhias aéreas, por exemplo?
Maria Eugénia Sequeira