Cemitério de Samora Correia precisa de crescer pela quarta vez
O cemitério de Samora Correia já foi ampliado três vezes, mas com uma centena de corpos a sepultar por ano acusa novamente dificuldade de espaço.
O cemitério de Samora Correia vai ficar lotado nos próximos dois anos e precisa de ser alargado. No terreno já só existem 14 sepulturas virgens e a junta de freguesia tem gerido delicadamente as campas que lhe pertencem, mandando exumar os corpos. O assunto foi abordado na última assembleia de freguesia, com o presidente de junta, Augusto Marques (CDU), a defender a ampliação e construção de nichos aeróbios.
Ao lado do cemitério existe um terreno que pertence ao município, que pode vir a ser usado para a ampliação. O presidente da Câmara de Benavente, Carlos Coutinho (CDU), questionado sobre o assunto, mostra-se disponível para colaborar, disponibilizando a parcela, que fica entre o cemitério e o Centro Cultural de Samora Correia. Mas uma parte tem de ser reservada para se criar um arruamento e uma bolsa de estacionamento.
Na freguesia de Samora Correia há dezoito mil habitantes e num ano o cemitério recebe, em média, cem corpos para sepultar. Ao mesmo tempo, nas situações em que o corpo não vai a enterrar numa campa particular é feita uma rotatividade pelas campas da junta, com exumações que, por lei, só podem ocorrer no mínimo ao fim de três anos. Neste caso, assegura o autarca, não têm ocorrido com tempo inferior a cinco anos.
Sobre os nichos aeróbios - sepulturas em gavetões de decomposição rápida - Augusto Marques considera que são uma boa aposta, mas tem de ser com calma. “São uma novidade para as pessoas, por isso, tem de continuar a existir espaço para as campas”, diz. “O cemitério ainda tem algum espaço disponível e estamos a estudar soluções e em bom tempo de as criar”, frisa Carlos Coutinho, adiantando que a obra deverá avançar em 2020.
Já em anos anteriores o cemitério sofreu com problemas de lotação que foram sendo resolvidos a médio prazo com outras três ampliações que permitiram arranjar lugar para quem morre.