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PSD e CDS de Azambuja defendem chumbo das centrais fotovoltaicas 

Partidos da oposição exigem que Assembleia Municipal de Azambuja tome uma posição desfavorável à instalação das centrais fotovoltaicas da Torre Bela e Quinta da Cerca.

Cortar o mal pela raiz para não correr atrás do prejuízo. É esta a estratégia defendida pelo PSD e CDS de Azambuja com o objectivo de evitar a instalação de duas centrais fotovoltaicas, uma na Quinta da Cerca, nas Virtudes, e outra, muito polémica, na Quinta da Torre Bela, em Manique do Intendente. Para isso, os dois partidos exigem à Assembleia Municipal de Azambuja que emita um parecer negativo contra ambos os projectos, defendendo que este órgão não deve esperar por uma “eventual declaração de interesse público proposta pelo executivo camarário” de maioria socialista.
“O passado já demonstrou que a incapacidade de tomar decisões na hora certa causa danos sérios na qualidade de vida das populações do concelho de Azambuja”, referem no documento dirigido à assembleia municipal, a que O MIRANTE teve acesso, numa alusão indirecta ao contestado aterro de Azambuja que teve interesse público municipal.
Os partidos argumentam que, no caso da mega central da Torre Bela, a concretizar-se este projecto “em conjunto com as outras centrais que se pretendem instalar no concelho, vai condicionar negativamente as perspectivas de desenvolvimento nos próximos 30 anos, com significativo impacto negativo nas condições socioeconómicas das populações”.
No caso do projecto para a Quinta da Cerca, PSD e CDS manifestam preocupação quanto à “destruição de mais de metade da Mata das Virtudes, nomeadamente nas áreas que estão afectas à Reserva Ecológica Nacional (REN)” para a instalação de 458 mil painéis solares.

Município está a zero nas consultas públicas
O estudo de impacte ambiental para a central da Torre Bela está em consulta pública até 1 de Março e o da Quinta da Cerca termina a 23 de Fevereiro. O assunto foi motivo de discussão na última assembleia municipal, pela voz do eleito social-democrata António Jorge Lopes que perguntou se o município participou ou tenciona participar nas consultas públicas. Na resposta, o presidente do município, Luís de Sousa (PS), disse que ainda não houve qualquer participação da autarquia.
“Este será um assunto que irá a reunião de câmara e à assembleia municipal”, referiu o autarca socialista, sublinhando que nessa altura os eleitos terão oportunidade de se pronunciar e contribuir para a decisão.
Recorde-se que o executivo camarário aprovou a 22 de Setembro de 2020, apenas com os votos favoráveis do PS, a declaração de interesse público municipal para a central da Torre Bela, tendo no final do ano revogado essa decisão.

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