População de Azambuja diz que o aterro é um crime ambiental mas para a APA está tudo bem
Os habitantes da periferia de Azambuja, que vivem mais próximo do aterro gerido pela Triaza-Tratamento de Resíduos Industriais, queixam-se de cheiros nauseabundos, que se registam quase todos os dias e dizem que está em causa um problema de saúde pública. Referem ainda o aparecimento naquela área de aves que não eram habituais na zona, sobretudo de gaivotas, que se alimentam dos resíduos e deixam, depois, cair matérias poluentes em zonas residenciais.
A gravidade da situação é confirmada a O MIRANTE pela associação ambientalista Zero. “É altamente desaconselhável em termos de prevenção de propagação de doenças ter resíduos orgânicos tão perto das casas das pessoas. Estas aves vão disseminar substâncias em degradação pelos terrenos à volta”, explica o técnico da Zero, Rui Berkemeier.
O presidente da Câmara de Azambuja dá razão aos moradores e garante que a autarquia tem feito tudo o que lhe é possível para minimizar o impacto do aterro. Em Dezembro o aterro foi visitado por técnicos da APA (Agência Portuguesa do Ambiente) e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) mas as conclusões conhecidas apontam para o cumprimento das normas por parte da empresa.