
Autarca condena falta de civismo que afecta higiene urbana em VFX
Presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira diz que manter a cidade limpa é uma responsabilidade de todos. Protocolo assinado com a Quercus vai sensibilizar as crianças das escolas da freguesia para essa temática.
O presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira, João Santos (PS), está preocupado com as queixas frequentes de focos de insalubridade pública na cidade e quer dar a volta a essa situação. Um dos novos passos foi a assinatura de um protocolo, na manhã de 13 de Fevereiro, com a Associação Nacional de Conservação da Natureza (Quercus).
A parceria com a organização ambientalista mais antiga do país visa a realização nas escolas da freguesia de quatro acções de sensibilização ambiental por ano, com um custo para a junta na casa dos dois mil euros. Duas serão acções de campo destinadas também a toda a comunidade. A intenção é gerar uma dinâmica de pedagogia social para os problemas do ambiente e incentivar boas práticas cívicas que, lamenta o autarca, estão em falta.
“Tenho testemunhado episódios condenáveis. A maioria das reclamações que recebemos é por causa de urina no espaço público, situação que gera maus cheiros e insalubridade urbana. Ainda se verifica a existência de muitas fezes de canídeos por falta de civismo dos donos. Temos até episódios, não tão poucos como isso, de fezes humanas no espaço público. É preciso mudar isto”, lamenta o autarca.
As duas principais festas que se realizam na cidade – o Colete Encarnado e a Feira de Outubro – são também responsáveis por um dos maiores problemas ambientais do concelho: a deposição descontrolada de milhares de copos de plástico pelas ruas. “A câmara tentou mitigar esse problema, o ano passado, dando copos reutilizáveis mas a medida carece de mais tempo para se afirmar”, nota.
João Santos acredita que a dinamização destas acções de sensibilização nas escolas terá um efeito positivo para o futuro.“Está na altura das pessoas começarem a ter maior consciência ambiental”, apela.
O presidente da Quercus, Paulo do Carmo, esteve presente na assinatura do protocolo, no auditório da junta vilafranquense, e destacou o bom trabalho desenvolvido pelo actual executivo na defesa dos valores ambientais. “Estamos a falar de uma região que devido à sua localização, por causa do estuário do Tejo, a torna numa zona ainda mais sensível às alterações climáticas. É importante os alunos perceberem a importância deste ecossistema, de uma correcta gestão da água e da devida deposição de resíduos”, defendeu.
