Idosa desaparecida no Cartaxo sepultada dois meses depois de aparecer o corpo
Vitalina Galvão foi encontrada sem vida em Dezembro de 2019. Devido ao avançado estado de decomposição do corpo os testes para a sua identificação demoraram perto de dois meses.
As cerimónias fúnebres de Vitalina Galvão, a idosa que desapareceu a 5 de Agosto de 2019, no Cartaxo, decorreram na quarta-feira, 19 de Fevereiro, no cemitério da localidade. A idosa foi encontrada sem vida a 8 de Dezembro de 2019, por dois caçadores, numa vala entre Vila Nova de São Pedro, concelho de Azambuja, e Vale da Pinta, concelho do Cartaxo, tendo o corpo seguido para o Instituto de Medicina Legal.
Devido ao avançado estado de decomposição, que dificultou a identificação do cadáver, o corpo só foi libertado para as cerimónias fúnebres perto de dois meses depois de dar entrada nesse instituto.
De acordo com uma sobrinha da vítima, Sandra Carvalho, este é o culminar de um processo doloroso para a família agravado pela “falta de pessoal” que foi dada como justificação por parte do Instituto de Medicina Legal. “Foram feitos testes de ADN para confirmar a identidade e, apesar de não haver dúvidas que se tratava do corpo da minha tia, só depois da confirmação dos resultados o corpo foi entregue à família”, afirmou Sandra Carvalho a O MIRANTE.
Vitalina Galvão, de 86 anos, foi vista pela última vez na manhã de 5 de Agosto quando saía do supermercado Intermarché, onde costumava fazer compras. Naquele dia ia ser surpreendida pelo neto, emigrado em Inglaterra, que veio de férias e ia mostrar pela primeira vez o seu filho, bisneto da idosa.
As operações de busca juntaram mais de uma centena de pessoas, entre voluntários e operacionais. As buscas foram canceladas ao fim de sete dias sem qualquer pista.