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Sede da Junta de Freguesia de Vialonga não tem capacidade de resposta
Gabinete de José António Gomes está transformado numa sala multiusos e os balneários dos trabalhadores são pequenos e insuficientes

Sede da Junta de Freguesia de Vialonga não tem capacidade de resposta

Além da falta de acessos para pessoas com mobilidade reduzida o edifício não tem salas suficientes, os balneários são minúsculos e as oficinas funcionam num espaço emprestado por um popular.


A Junta de Freguesia de Vialonga continua a funcionar num espaço que já não tem capacidade de responder com qualidade aos utentes nem aos trabalhadores que ali desempenham funções. O próprio gabinete do presidente da junta está transformado em sala de reuniões e arrecadação improvisada. “Chegámos ao limite”, lamenta José António Gomes (CDU), presidente daquela freguesia que tem 21 mil habitantes.
A questão é antiga e há muitos anos que os apelos são feitos à Câmara de Vila Franca de Xira para que seja encontrada uma alternativa que resolva o problema, mas os passos dados nesse sentido sabem a pouco e não têm surgido soluções.
O presidente do município, Alberto Mesquita (PS), já havia explicado em reunião de câmara, realizada precisamente em Vialonga, que uma das ideias passa pela aquisição do espaço vizinho à junta, propriedade da Casa do Povo de Vialonga. Mas a complicar a situação está o facto do pavilhão daquela associação ter voltado a ter actividade desportiva recentemente. O autarca reconhece que resolver o problema das instalações da junta deve ser uma prioridade, estando em análise soluções que possam ser implementadas.
Situada na Rua Professor Egas Moniz, no centro da vila, a sede da freguesia é pequena para todas as necessidades forçando as empregadas a ter as secretárias coladas umas às outras. Os balneários são pequenos e não há espaço para todos os cacifos. Nos balneários das senhoras só há espaço para uma pessoa tomar banho e duas pessoas no balneário masculino. Quem não conseguir vaga tem de tomar banho em casa.
“Quando hoje recebemos uma pessoa em cadeira de rodas temos de fazer o atendimento na rua, faça chuva ou faça sol”, lamenta José António Gomes. O orçamento da junta, que ronda os 800 mil euros por ano, é insuficiente para as despesas correntes e não sobra nada que permita investir na aquisição de novas instalações. Uma das grandes preocupações é o pátio da junta, que funciona num terreno cedido por um morador mas que, de um momento para o outro, pode ter de ser desocupado.
“Felizmente temos uma pessoa em Vialonga que nos cede aquele espaço mas quando um dia quiserem o terreno de volta não sei o que será da junta. Guardamos lá tudo, desde as viaturas aos palcos, lonas, cimentos e areias”, alerta o presidente da junta.
José António Gomes confessa que a situação é um “beco sem saída” e pede uma solução ao município. “O que eu pergunto é como é que numa câmara que tem um saldo de gerência de 25 milhões de euros é possível termos uma junta de freguesia assim”, lamenta.

Sede da Junta de Freguesia de Vialonga não tem capacidade de resposta

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