uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Azambuja quer reclusos a construir o novo canil municipal
Luís de Sousa

Azambuja quer reclusos a construir o novo canil municipal

Presidente do município estima que até ao final do ano avance a construção desse equipamento em terrenos do estabelecimento prisional de Alcoentre. E conta com a ajuda dos presos.

A Câmara de Azambuja vai avançar com a construção de um canil e gatil municipal para fazer face ao aumento de animais errantes, e espera, para isso, poder contar com a ajuda dos reclusos do estabelecimento prisional de Alcoentre, na construção e gestão da estrutura. O presidente do município, Luís de Sousa, diz que atribuir esta ocupação aos presidiários “vai facilitar a sua reinserção”, designadamente pelo contacto que vão ter com as responsabilidades da vida laboral e maior proximidade e comunicação com a sociedade. Por isso, espera, ao longo das próximas semanas, assinar o protocolo de cooperação com o director da prisão.
O canil vai ser construído em terrenos do estabelecimento prisional de Alcoentre e vai dar resposta a pelo menos 40 cães e cerca de 25 gatos, estando ainda o projecto a ser revisto para melhorar o aproveitamento da área e poder ser aumentada a capacidade de resposta. O investimento, estimado em 50 mil euros, será totalmente financiado pelo município que prevê avançar com a obra até ao final deste ano e início de 2021.
Também faz parte do projecto, que já foi apresentado ao director-geral dos estabelecimentos prisionais, o destacamento de uma brigada de reclusos para trabalhar no canil, ajudando a cuidar dos animais e na limpeza e manutenção do espaço.
Luís de Sousa admite que a construção de um canil, estrutura que não existe naquele concelho, já devia ter avançado há muito, ainda para mais existindo um projecto para a empreitada que tem ficado guardado na gaveta. “Não havendo abates de animais, que já não era prática nossa, o número de errantes tende a aumentar”, tendo a autarquia a “obrigação de abrigar, tratar e promover a adopção dos animais”, diz o autarca a O MIRANTE.
Actualmente, o cuidado dos animais errantes recolhidos no concelho está entregue ao canil da associação Abrigo, em Vale do Paraíso que tem estabelecido um protocolo com a Câmara de Azambuja. O canil abriga perto de 200 cães e meia centena de gatos, encontrando-se lotado.

Reclusos também já trabalharam para a junta de freguesia
A ideia de ter reclusos a prestar serviços a autarquias não é nova em Azambuja. Em 2018, uma brigada de trabalho de reclusos foi destacada para fazer o corte das ervas na via pública. A iniciativa resultou de uma parceria entre a Junta de Freguesia de Azambuja e um dos estabelecimentos prisionais locais, na sequência de um desafio lançado pela autarquia com o objectivo de potenciar a reinserção social dos reclusos e, ao mesmo tempo, suprir a falta de recursos humanos. Noutras câmaras municipais da região, como Vila Nova da Barquinha e Almeirim, os reclusos também são chamados para trabalhar.

Azambuja quer reclusos a construir o novo canil municipal

Mais Notícias

    A carregar...

    Capas

    Assine O MIRANTE e receba o Jornal em casa
    Clique para fazer o pedido