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Amontoado de cabos de telecomunicações motiva queixas em Azambuja
Inês Louro gerente do Alojamento Local instalado num prédio onde há fios por todo o lado critica o impasse das operadoras

Amontoado de cabos de telecomunicações motiva queixas em Azambuja

Moradores e proprietários não querem cabos a passar pelas fachadas dos prédios. Presidente do município diz que o cenário é vergonhoso e admite fazer-se substituir às operadoras e enterrar os fios.

A população de Azambuja queixa-se do emaranhado de cabos de telecomunicações fixados às fachadas dos prédios no centro da vila e alguns dizem-se fartos de diligenciar junto das operadoras para que sejam removidos. É o caso de João Coelho, proprietário de um edifício construído no século XVIII, na Travessa da Rainha, que anda desde 2019 a contactar as operadoras para que retirem ou pelo menos melhorem a organização dos fios pregados ao edifício. “Acharam que uma fachada com azulejos centenários era óptima para furar e passar cabos. Muitos deles estão partidos por causa disso”, afirma a O MIRANTE.
Além do “aspecto visual que mancha a imagem da terra, é uma anarquia pura o que as operadoras fazem”, diz o morador, lamentando que não haja qualquer “critério ou regra que as proíba de passar cabos por onde quiserem”.
O MIRANTE contactou as várias operadoras de telecomunicação, mas até à data de fecho desta edição apenas a Altice se mostrou empenhada em arranjar solução para os cabos que lhe pertencem e passam na fachada do prédio de João Coelho tendo, inclusive, contactado o morador. A Altice compromete-se ainda a procurar uma solução integrada “com a maior celeridade possível, tendo em conta as limitações impostas pela actual conjuntura de Portugal, face ao cenário de saúde pública”.
Inês Louro, gerente do alojamento local a funcionar no referido prédio e também presidente da Junta de Freguesia de Azambuja, considera a situação lamentável. “No século em que estamos não se justifica apoderarem-se de fachadas para passar cabos quando podem fazê-lo por baixo do solo”, sublinha.
Também o presidente da Câmara de Azambuja, Luís de Sousa, que vai ouvindo queixas de outros moradores em reuniões públicas do executivo, fala numa “selvajaria de fios que é preciso retirar” e tem diligenciado junto das operadoras nesse sentido. “Disseram que resolviam, mas até agora nada. É uma vergonha o que aqui existe”. O autarca admite mandar enterrar os cabos, imputando depois os custos dos trabalhos às operadoras. E também “incentivar todas as pessoas a não pagar [as mensalidades] e a câmara responsabilizar-se por isso”, até que o problema seja resolvido.

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