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Novo aeroporto em Alcochete está na ordem do dia outra vez

Com uma crise económica à porta por causa da Covid-19 há quem defenda que é um erro gastar milhões num novo aeroporto no Montijo quando Alcochete é uma solução muito mais barata e causa menos impacto ambiental.

A pandemia de coronavírus não retirou da agenda a construção do novo aeroporto de Lisboa e são cada vez mais as vozes que se juntam em defesa da solução Alcochete. Numa altura em que se esperam quedas acentuadas no turismo, há quem questione a pertinência de um investimento tão avultado no Montijo tendo um aeroporto quase pronto a usar em Alcochete.
Carlos Coutinho, presidente da Câmara de Benavente, sempre tem considerado a solução Montijo um erro e Alcochete como “a única boa solução” para construir o aeroporto, sendo a mais rentável e acertada em termos ambientais. “Toda a região sairia a ganhar”, defende.
Este mês também Carlos Mineiro Aires, bastonário da Ordem dos Engenheiros, defendeu publicamente a solução Alcochete considerando-a a melhor solução. O responsável lembrou que, desde 2009, todos os estudos apontam Alcochete como a melhor localização mas que, com a privatização da ANA Aeroportos, o país perdeu soberania aeroportuária para poder decidir sobre o assunto.
Entre as mais valias de Alcochete, aponta, está o facto dos aviões não sobrevoarem zonas densamente populacionais, haver menor risco de colisão com aves e ter uma capacidade suficiente de expansão em caso de necessidade. Mineiro Aires destaca também as boas acessibilidades à capital. “É melhor ter o Montijo do que não ter nada e diria que é inevitável. Mas ser inevitável não quer dizer que seja bom”, avisou, considerando que ainda não é tarde para o Governo pensar e renegociar a futura localização do aeroporto.
Também o ex-primeiro ministro José Sócrates veio criticar o Governo num artigo de opinião publicado no Expresso, considerando que Montijo é “a pior opção ambiental” e a mais lenta de concretizar, quando Alcochete já tem tudo preparado para avançar. “Nenhum novo aeroporto internacional de uma capital europeia deve ser construído perto de uma cidade ou ao lado de uma área protegida”, critica.
Entretanto continua o braço-de-ferro entre Governo e autarquias CDU de Moita e Seixal, que vetaram o avanço do projecto. O Governo já avisou que parar a solução Montijo terá custos muito elevados. “O que tem custos elevados é abdicar de um investimento no campo de tiro de Alcochete”, contrapõem os autarcas comunistas.

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