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Oposição política em Alcanena vota contra e provoca ruído
Reunião foi deslocalizada do salão nobre da autarquia, para o anfiteatro para cumprir o distanciamento entre os presentes

Oposição política em Alcanena vota contra e provoca ruído

Todos os projectos em curso para a vila e para o concelho tiveram o voto contra da oposição, por não estar de acordo com a forma como estão redigidos os documentos ou devido a discrepâncias de valores.

A última reunião de câmara de Alcanena decorreu num clima de ironia e alguma irritação entre a presidente da autarquia, Fernanda Asseiceira (PS), e a vereadora da oposição Maria João Vaz Rodolfo, da Coligação Cidadãos por Alcanena (PPD/CDS/MPT). Tudo porque em todos os pontos da ordem do dia que estavam para aprovação, concretamente obras para a vila, a oposição votou contra.
A situação levou a que Fernanda Asseiceira dissesse à vereadora que tudo o que fosse para fazer obra e desenvolver o concelho “terá sempre o voto contra da oposição”. “Não se pode ter memória curta. Estamos a fazer estas obras para embelezar e colocar mais árvores no centro da vila, para dar melhores condições de vida às pessoas, porque infelizmente só agora tivemos condições financeiras para o fazer. Desde que chegámos à câmara, em 2010, tivemos que lidar com uma dívida enorme que o seu partido nos deixou e tínhamos problemas básicos, como por exemplo de saneamento, para resolver”, atirou a autarca.
Maria João Vaz Rodolfo, que se encontrava a representar a oposição sozinha, uma vez que o vereador João Pinto teve que se ausentar por motivos profissionais, não respondeu aos ataques da presidente da câmara.
Num dos pontos em agenda estava a consulta prévia para aquisição de serviços com vista à elaboração do projecto do Parque Verde de Alcanena. Uma obra com um orçamento estimado de 1 milhão e 200 mil euros que a autarquia vai candidatar a fundos comunitários e contra a qual a vereadora da oposição votou, esboçando apenas um ligeiro sorriso. O que levou Fernanda Asseiceira a dizer: “a própria vereadora ainda se ri”.
Num outro ponto estava a aprovação do projecto de requalificação do Jardim das Lagoas, junto ao mercado municipal, cujo estudo prévio está já elaborado e que aponta para um investimento na ordem dos 415 mil euros. E num terceiro ponto estava em causa um ajuste directo para a aquisição de serviços para o projecto de requalificação da estrada de Alcanena – Pousados. Em todos estes itens a oposição votou contra, apresentando justificações de teor burocrático.
“Um estudo prévio aponta sempre um valor geral. Um projecto apresenta já um valor mais perto do que será o custo real da obra”, explicou a presidente Fernanda Asseiceira, com Maria João Rodolfo a bater o pé e a votar contra.
A coligação PSD/CDS/MPT votou também contra o apoio de 30 mil euros, por parte da câmara, à Fábrica da Igreja de Moitas Venda – Capela de Casais Robustos, para a construção de uma casa mortuária em Casais Robustos. Nesse ponto, a vereadora da oposição justificou o sentido de voto por não haver um regulamento municipal para apoios ao associativismo e outro tipo de instituições, cuja criação têm defendido. “Não havendo um regulamento, logo não há controlo sobre este tipo de atribuições”, justificou Maria João Rodolfo.

Oposição política em Alcanena vota contra e provoca ruído

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