A Câmara de Almeirim e as autoridades estão a controlar os alojamentos sobrelotados de imigrantes que trabalham na agricultura, depois de se ter verificado um caso de tuberculose e suspeitas em mais duas situações. A ideia é acabar com a falta de condições de espaços lotados de imigrantes, sobretudo asiáticos, chegando a viver dezenas em locais que não deviam ter mais de seis pessoas.
As acções que fiscalizaram vários alojamentos no concelho decorreram logo após se ter detectado um caso de tuberculose de um trabalhador asiático em Almeirim. Há, segundo o presidente do município, duas situações que eram suspeitas mas cujos exames foram inconclusivos. Por precaução, além do que está doente, estes dois estão também a tomar a medicação e estão a ser acompanhados pela Associação Proabraçar, de Almeirim, no sentido de garantir que fazem o tratamento.
Segundo o presidente da câmara, Pedro Ribeiro, já estão a ser notificados proprietários que fizeram obras ilegais no sentido de retirarem as pessoas dos espaços que não estão licenciados. Posteriormente vão ser sujeitos a processos de contra-ordenação por construção ilegal. Nas casas e apartamentos na cidade em que se verificou viverem muitas pessoas, os proprietários que arrendam os imóveis estão a ser avisados para cumprirem as regras. Por exemplo um apartamento com três quartos deve ter no máximo seis pessoas.
O autarca avisa que quem continuar a albergar imigrantes em espaços sem condições ou com lotação acima do razoável vai ser multado. O controlo das condições de habitabilidade está a ser acompanhado pela autarquia e pela GNR, depois de terem sido feitas várias acções a alojamentos em conjunto com a autoridade de saúde, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e GNR.