Autarcas querem Governo a financiar obras na Ponte D. Amélia
Presidentes dos municípios do Cartaxo e de Salvaterra de Magos vão reunir com o ministro das Infraestruturas e da Habitação em Abril para abordar essa questão.
Os presidentes dos municípios do Cartaxo e de Salvaterra de Magos vão reunir-se com o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, no mês de Abril, para falar sobre as obras de requalificação da Ponte Rainha Dona Amélia que liga os dois concelhos. A novidade foi dada em reunião do executivo municipal pelo autarca do Cartaxo.
Na última sessão da Assembleia Municipal do Cartaxo o presidente desse município, Pedro Magalhães Ribeiro (PS), tinha avançado que tinham pedido uma audiência com o governante após se terem reunido com a empresa pública Infraestruturas de Portugal (IP). O objectivo de Pedro Magalhães Ribeiro e Hélder Esménio é discutir a transferência de responsabilidades sobre a manutenção da ponte para a Administração Central por não terem meios financeiros para suportar as necessárias obras.
“O restauro de toda a estrutura metálica fica em cerca de quatro milhões e meio de euros. É fácil perceber que nem a Câmara do Cartaxo nem a de Salvaterra de Magos têm disponibilidade financeira para fazer face a estes custos”, afirmava o autarca do Cartaxo, adiantando que a IP pretende abrir concurso para obras de reforço dos pilares da ponte já este semestre.
Ainda na assembleia municipal Pedro Ribeiro adiantava que o mesmo se passava com o viaduto de Santana, no concelho do Cartaxo, que considerava ser outro caso urgente, já que também está degradado. “Sabemos que as obras no viaduto de Santana só estão previstas para 2022, por isso vamos pedir mais celeridade na intervenção”, afirmava.
Em Janeiro deste ano, a Ponte Rainha Dona Amélia foi alvo de um levantamento batimétrico e de uma inspecção sub-aquática aos pilares pela empresa XaviSub. Entre as várias anomalias apontadas, enumera-se que os pilares apresentam blocos de pedra de fundação sem protecção do material de enchimento. Isto significa que estão expostos à acção da água onde não estava prevista a sua acção estando os pilares sujeitos a ruptura fácil.
O mesmo documento identifica ainda que as juntas entre os blocos de pedra encontram-se desguarnecidas e que o encamisamento metálico (armadura em betão) de protecção dos pilares não cumpre os requisitos mínimos para desempenhar a função para o qual foi concebido.