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CNEMA “apanhado em cheio” pela pandemia suspende actividade
Marcelo Rebelo de Sousa inaugurou as feiras no ano passado. Na imagem com a presidente da Nersant, Salomé Rafael, e com o presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves

CNEMA “apanhado em cheio” pela pandemia suspende actividade

Parque de exposições de Santarém recorreu ao lay-off e às linhas de crédito para assegurar salários dos funcionários. No trimestre até Junho concentrava-se 80% do volume de negócios do complexo, em grande parte resultantes da Feira Nacional de Agricultura já cancelada.

O CNEMA suspendeu a sua actividade temporariamente e recorreu aos instrumentos legais criados pelo Governo devido à pandemia de Covid-19, como é o caso do lay-off em relação aos trabalhadores.
“Dadas as circunstâncias verdadeiramente atípicas que levaram à paragem total do
CNEMA, o conselho de administração do CNEMA decidiu tomar as medidas apropriadas à protecção dos postos de trabalho e à manutenção da própria empresa”, lê-se em comunicado difundido no dia 2 de Abril.
A administração do CNEMA afirma ainda que “voltará ao funcionamento normal depois de ultrapassadas as contingências que impedem a sua actividade”. E enaltece “a compreensão e o esforço dos trabalhadores na adesão a estas medidas num momento difícil”.
Luís Mira, administrador do CNEMA e secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (sócia maioritária do parque de exposições), disse na quinta-feira, 2 de Abril, à Lusa que, com o cancelamento de todos os eventos que estavam agendados para os meses de Abril, Maio e Junho, com destaque para a Feira Nacional da Agricultura (ver notícia abaixo), não restou outra solução senão recorrer aos mecanismos criados pelo Governo no âmbito da pandemia da Covid-19.

“Fomos apanhados em cheio”
Além do recurso ao lay-off simplificado, para já para os próximos 30 dias, o CNEMA vai ter de recorrer às linhas de crédito anunciadas pelo Governo para poder pagar a sua parte enquanto vigorar a suspensão dos contratos de trabalho e os salários nos restantes meses.
Luís Mira salientou que estes três meses representam 80% do volume de negócios do CNEMA, sendo que a Feira Nacional da Agricultura (FNA), que tinha a sua 57ª edição agendada para 6 a 14 de Junho, “tem um peso muito grande”, na ordem dos 74%.
“Fomos apanhados em cheio. Vamos ter de aguentar para tentar equilibrar, mas vai demorar dois ou três anos para repor o equilíbrio”, disse, salientando que o CNEMA normalmente fecha as contas anuais com um saldo positivo da ordem dos 300 mil a 400 mil euros e este ano poderá vir a registar “um buraco na ordem dos 400 mil ou 500 mil euros”.
“Repor 700 ou 800 mil euros vai demorar pelo menos três anos”, declarou, sublinhando que, na reunião realizada a 1 de Abril com os trabalhadores, houve a compreensão da situação e que a principal preocupação da administração é “manter o emprego”.
Na página do CNEMA já só constam os eventos agendados para Outubro, o Festival Bike, e para Novembro, a Avisan, e uma nota dando conta do cancelamento de toda a outra actividade prevista, com destaque para a FNA.

Feira Nacional de Agricultura e Fersant só para o ano

Cancelamento inédito causado pela situação que o país vive devido à pandemia de Covid-19. Certames estavam marcados para Junho.

As edições de 2020 da Feira Nacional de Agricultura e da Fersant – Feira Empresarial da Região de Santarém - marcadas para Junho em Santarém foram canceladas, anunciaram as respectivas organizações. Os eventos decorrem habitualmente em paralelo no CNEMA – Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas. A causa prende-se com a situação que o país atravessa devido à pandemia de Covid-19.
“Avaliando as condições excepcionais e a incerteza das próximas semanas decorrente do momento que vivemos o conselho de administração do CNEMA, numa decisão difícil e inédita, concluiu que não estão reunidas as condições para a realização da Feira Nacional de Agricultura/Feira do Ribatejo no próximo mês de Junho”, lê-se no comunicado.
A administração do CNEMA anuncia que a feira regressa de 5 a 13 de Junho de 2021 e que irá “dedicar toda a nossa energia para surpreender todos aqueles que nos visitarem no próximo ano”. Deixa ainda um “agradecimento a patrocinadores, expositores, parceiros e visitantes pela confiança que sempre demonstraram na FNA”.
Também a direcção da Nersant – Associação Empresarial da Região de Santarém, entidade que organiza a Fersant, refere que “não foi fácil decidir desta forma, dada a importância e expectativa para os nossos expositores, num certame de grande importância para estabelecimento de contactos e negócios com os visitantes”. Fica também a promessa do regresso em 2021 com energia redobrada.

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