O alerta foi dado às autoridades na última semana: dezenas de pessoas continuaram a usar normalmente os caminhos pedonais ribeirinhos do concelho de Vila Franca de Xira, em especial o parque ribeirinho da Póvoa de Santa Iria ao fim-de-semana, ignorando a indicação de isolamento social imposto pelo Estado de Emergência. Um cenário que forçou o município a fechar aqueles espaços.
A PSP também foi obrigada a fazer um patrulhamento mais intensivo daqueles locais e a ter uma atitude dissuasora e pedagógica apelando à população para que fique em casa. O município foi confiando na população e optou por não fechar os caminhos ribeirinhos acreditando que a maioria iria cumprir com as normas em vigor. Mas como isso não se verificou o presidente da câmara, Alberto Mesquita, emitiu um despacho para fechar aqueles recintos no dia 27 de Março.
A medida, explicou o autarca, teve em conta a “necessidade imperiosa” de promover o isolamento e o distanciamento social determinantes para a contenção da propagação do novo coronavírus. Quem for apanhado a frequentar estes espaços interditos incorre em crime de desobediência.
A O MIRANTE, um dia antes da medida, Alberto Mesquita mostrava-se preocupado com a situação mas garantia que, na generalidade, a população do concelho estava a cumprir as normas e as regras impostas. “As pessoas já perceberam que para evitar ficarem doentes ou contagiarem outras pessoas não há outra forma senão ficar em casa”, lembrou.
Admitindo que não é fácil o autarca entende que é preciso saber reinventar o funcionamento em família. “As forças de segurança têm-me dito que estão a actuar e as acções que têm feito são de carácter pedagógico e têm surtido efeito. As pessoas têm de perceber que é assim que tem de ser”, lembra o autarca.