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“Estamos a trabalhar com obras de antes da pandemia mas a crise vai chegar”
António Godinho é sócio-gerente da Carpintaria Mário em Vale de Cavalos

“Estamos a trabalhar com obras de antes da pandemia mas a crise vai chegar”

António Godinho é sócio-gerente da Carpintaria Mário em Vale de Cavalos

A Carpintaria Mário, em Vale de Cavalos, Chamusca, tem estado a trabalhar praticamente dentro da normalidade, embora com adaptações necessárias para protecção e segurança de trabalhadores, clientes e fornecedores. No entanto, o sócio-gerente, António Godinho é prudente quando analisa o que se está a passar.
“Esta crise ainda não teve um grande impacto económico no nosso sector mas acredito que isso possa acontecer mais tarde. Apesar do que muitos apregoam penso que não irá ficar tudo bem. Muita coisa e muitas pessoas irão ficam mal ou pior do que estavam. Mal nos recompusemos de uma crise e já estamos a viver outra. Estou muito apreensivo. O desemprego vai aumentar, o poder de compra vai cair abruptamente e os próximos meses serão bastante difíceis”, refere.
Este ano António Godinho, tal como os restantes habitantes do concelho, não vão festejar a Ascensão da mesma forma, uma vez que as actividades com público, programadas para a semana de 16 a 24, foram canceladas. Por causa disso a empresa não terá o seu stand no centro da Chamusca onde anualmente divulga a sua actividade e onde o empresário reencontra amigos e clientes.
Esses reencontros em clima de festa são especiais. Os contactos normais têm continuado, embora com menor intensidade, o que reforça a convicção de que a crise irá instalar-se a pouco e pouco.
“Durante este período mantivemos e vamos continuar a manter contacto remoto (através de telefone, email, videoconferência) com os nossos clientes e fornecedores, pois só assim podemos continuar a nossa actividade. Pontualmente têm-se verificado atrasos em algumas encomendas mas até ao momento nada de muito preocupante. Tem-se notado efectivamente um decréscimo nos contactos por parte dos clientes ou potenciais clientes e daí perspectivar que a nossa crise venha a ser um pouco diferida no tempo quando comparado com outro tipo de actividades”, sublinha.
A empresa ainda não teve necessidade de recorrer a nenhuma das medidas disponibilizadas pelo Governo mas António Godinho está atento ao que se vai passando e espera que os apoios anunciados existam efectivamente e que cheguem rápido a quem deles precisa. E espera também que não se verifiquem, como noutras alturas, situações de aproveitamento e injustiça que em nada promovem o bom funcionamento da economia.

“Estamos a trabalhar com obras de antes da pandemia mas a crise vai chegar”

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